A irmã da tempestade - Lucinda Riley
>> segunda-feira, 29 de julho de 2019
RILEY, Lucinda. A irmã da
tempestade. São Paulo: Editora
Arqueiro, 2016. 528p. (As sete irmãs, v.2). Título original: The storm sister.
“O que sabia,
porém, era que desde o dia do meu nascimento existia um universo paralelo que
avançava junto com o meu e poderia facilmente ter sido meu destino. E agora
esses dois universos tinham colidido, e eu trafegava pelos dois ao mesmo
tempo.” p.
479
Depois
de As
sete irmãs, primeiro volume da série homônima que faz o maior sucesso por
aqui, temos a história da Ally, com A
irmã da tempestade da Lucinda Riley!
Os
livros são razoavelmente independentes, o primeiro, As sete irmãs, conta a história da Maia, a irmã mais velha. Nesse
vemos alguns “spoilers” para quem não leu o primeiro, apesar de que em até
certo ponto, as duas histórias caminhem em paralelo. Nesse conta o que
aconteceu com a Maia, sobre o pai dela, etc. Aí vai de cada leitor, eu sou
obcecada por ordem de série rs. Essa resenha não contém spoiler do volume
anterior.
Pa Salt é um homem riquíssimo e
muito misterioso. Ele adotou seis bebês ao redor do mundo, e criou suas filhas
na isolada ilha da família, na Suíça. Elas nada sabem sobre suas origens, e
quase nada sobre a vida ou os negócios de Pa Salt. Só sabem que ele foi sempre
um ótimo pai, criou todas com muito amor e lhes deu tudo. Ele viajava muito a
trabalho, sua vida e seu passado era um mistério.
Genebra,
Junho de 2007
Ally D’ Aplièse, 30, é uma grande
velejadora e está se preparando para uma importante regata. Ruiva, cheia de
sardas e com uma beleza única. Ela
também acabou de conhecer o homem da sua vida, Theo Falys-Kings, 35, outro grande velejador. Eles estão juntos,
curtindo uns dias românticos no mar, quando ela recebe a trágica notícia da
morte do pai. Ela volta para casa
desconsolada, para reencontrar as irmãs e enterrar o pai.
Ele
deixou pistas sobre o passado de cada uma das seis irmãs: Maia, Ally, Estrela, Ceci, Tiggy e Electra. Depois de tudo, cada uma volta para a sua vida, e cabe a
Ally decidir se quer ou não investigar sobre o seu passado. Quando algo muda totalmente o rumo de sua
vida, ela resolve seguir as pistas de suas origens.
Noruega,
Agosto de 1875
Anna Tomasdatter Landvik, 18 anos, é uma moça
simples e que vive com os pais em uma pequena vila. Ela ainda não foi pedida em
casamento, para desespero dos pais, e nem sabe se é isso o que quer, um fazendeiro,
ser dona de casa. Anna é uma sonhadora, e uma cantora incrível. Ela é
descoberta por Herr Bayer, um professor
de música respeitado, e levada para ser sua pupila. Agora Anna está treinando
para ser uma cantora famosa. Ela conhece Jean
Halvorsen e não consegue evitar se apaixonar por ele. Jean é um musicista
excelente, mas é também um mulherengo sem dinheiro. O futuro de Anna está em
suas mãos.
Duas
mulheres em busca de si mesmas e de seu lugar no mundo. Mais de 100 anos as
separam. Anna e Ally estão ligadas por sangue, amor e sofrimento.
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Logo
no início eu já gostei mais desse do que do livro anterior, acho que pela personalidade
mais forte e decidida de Ally, eu achei Maia uma sonsa. Também por já ter certa curiosidade com o
cenário geral que envolve a obra; o mistério sobre o passado e a morte de Pa
Salt, a história do passado e o futuro de todas as irmãs. Eu gosto muito da
pesquisa histórica que a autora faz para ambientar suas obras, a viagem ao passado
acaba sendo melhor do que o livro no presente.
Eu
gostei dos personagens. Ally e Anna claro, as duas protagonistas. E alguns
personagens que aparecem ao longo da história. Eu sempre acho que as irmãs
aparecem pouco, elas somem no mundo e ninguém sabe muito bem o que está
acontecendo. Me deu muita angustia tudo pelo que Ally estava passando, e só a
Estrela realmente apareceu para dar apoio. Ally é forte, determinada, segue em
frente apesar de tudo o que acontece. Anna é frágil, inocente, mas luta sem
descanso, mesmo com todas as dificuldades. Os dois homens de destaque do livro,
Theo e Jean, não me conquistaram. Theo achei sem sal, meio perfeitinho demais
para o meu gosto, sem conteúdo. Jean era um escroto, só a Anna não percebia rs.
A
narrativa da autora não me agrada em alguns momentos. Eu amo a parte histórica
do romance, tudo relativo ao passado flui melhor. Narrativa, personagens,
ambientação. Impossível não terminar de ler e ficar apaixonada pela Noruega. Já a história do presente parece que segue uma fórmula. Tem diálogos
chatos demais, personagens muito estereotipados, outros muito rasos. Isso
aconteceu com todos os livros que leio da autora, então posso dizer que sua
narrativa não é das minhas favoritas.
Tirando
isso, eu adorei a leitura como diversão. O enredo é bom, você lê ansiosa para
saber como tudo vai terminar, para descobrir as origens de Ally e como isso vai
mudar sua vida. Eu adorei que o final foi diferente do primeiro, pelo menos não
vai ser aquilo de cada irmã encontrar o príncipe lá no final e tal. Acredito
que Pa Salt esteja vivo e meio que “forçando” as irmãs a tomarem uma atitude na
vida. Tenho medo do próximo livro, Estrela é uma ameba até agora kkk, espero
que ela como protagonista melhore muito.
Quem
acompanha a série não deixe de comentar. Indico para leitoras que curtem
romances mais maduros e diferentes, leiam!
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ao seu Skoob!
Série As sete irmãs da Lucinda Riley:
- As sete irmãs (The seven sisters) - Maia
- A irmã da tempestade (The storm sister) - Ally
- A irmã da sombra (The shadow sister) - Estrela
- A irmã da pérola (The pearl sister) - Ceci
- A irmã da Lua ( The moon sister) - Tiggy
- A irmã do sol (The sun sister) - Electra
- A irmã desaparecida (The missing sister)
- Athas: The story of Pa Salt (ainda não lançado no Brasil).
Avaliação (1 a 5):