Viagem Literária: Testemunha mortal

ROBB, J. D. Testemunha mortal. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. 406p. (Mortal, v.10). Título original: Witness in death.

“Aquele foi o momento de união total em que a pura determinação de Eve a fez agarrá-lo no ar com as próprias mãos e puxá-lo de volta das garras da morte.

Eles precisavam um do outro.” p.219

E finalmente cheguei ao décimo volume da série...agora acho que vai hein! Nem me sinto mais tão atrasada quando olho para eles na estante hehe. E estou conseguindo encaixar mais livros, vamos ver se leio logo o próximo. Não é falta de amor pela série e muito menos por esse casal, são outras leituras que acabam passando na frente rs. Mas enfim, hoje vou falar de Roarke tudo de bom... em Testemunha mortal da J. D. Robb.

A resenha não contém spoilers sobre desdobramentos dos livros anteriores, mas fala sobre a vida pessoal dos personagens.

Nova York, inverno de 2059. Apesar de todos os avanços para que o homem possa viver mais, a violência ainda é uma das maiores causas da morte. Seja por qual motivo for: vingança, ganância, violência, loucura... nunca vai faltar trabalho para a força policial...

A tenente Eve Dallas está linda em um vestido preto, um dos muitos que aparecem no seu enorme armário, ao lado do seu lindo e sexy marido, Roarke. Ela tirou uma noite de folga, para a inauguração do teatro New Globe, um dos mais novos investimentos de Roarke. Eve não era muito ligada ao teatro, mas estava adorando a peça de estreia, Testemunha de acusação. Teatro lotado, Eve já estava deduzindo quem era o culpado, atores incríveis... até que o protagonista é assassinado com uma facada no coração, em pleno palco. Eve agora é investigadora, e também testemunha de um crime.

Richard Draco é um ator famoso, mas uma pessoa horrível. Fora do palco ninguém gostava dele, nenhum dos atores sequer fingia algum pesar por sua morte. Um homem odiado, mas um ator incrível. Muitos motivos para o assassinato, muitos bons atores, entre eles, o assassino. Todos eram capazes de fingir, todos tinham um problema no passado ou algo a lucrar com a morte. Cabe a Eve juntar todas as peças.

O caso chama muita atenção pública, um ator famoso, milhares de testemunhas em um teatro lotado. A imprensa está em polvorosa, Eve é pressionada por todos os lados. Ela precisa ser rápida, precisa ser implacável. Nada disso é problema para ela, que ao lado de Delia Peabody, não deixa nenhuma pista de lado. Sua amiga e repórter, Nadine Furst, está envolvida na investigação. Como sempre Eve recebe ajuda dos meninos da eletrônica, Feeney e Ian McNab, da doutora Mira e de todos os seus amigos. Claro que mesmo na correria, ainda sobra um tempinho para implicar com Summerset e se jogar nos braços de Roarke.

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Muito amor por essa série! O engraçado é que, ao contrário do que acontece com muitas séries boas, onde vamos enjoando e vai ficando repetitiva a medida que os livros vão passando, Mortal a cada livro me prende mais. A série vai amadurecendo... temos premissas muito parecidas, mas os relacionamentos estão em constante evolução. É lindo acompanhar o desenvolvimento da relação de Eve e Roarke, como ela vai aos poucos se abrindo mais e fazendo novos amigos, se preocupando com as outras pessoas ao seu redor.

As relações interpessoais são a grande sacada da série. Todo mundo é importante. Os coadjuvantes aparecem em um pedacinho de um livro, ganham mais destaque no próximo e logo, são parte do time. É muito legal acompanhar a evolução dos personagens de Peabody, Ian, Feeney, Mavis, Summerset, Trueheart e todos os outros. Cada um vai ganhando um lugar no coração do leitor. Adoro as provocações de Eve e Summerset, as loucuras da Mavis, Peabody e Ian se pegando, tudo muito divertido.

E nesse o mistério não decepciona! Em alguns acho a parte policial mais fraca, esse aqui me prendeu muito. Eu acertei quem matou, mas as motivações me surpreenderam muito. Outra coisa legal é que o criminoso não volta sua atenção para Eve/Roarke (em alguns livros me incomoda de todos os assassinos tentarem se livrar dela), ele tem motivos muito pessoais para o que fez. Outro ponto interessante, é que a peça de teatro é baseada em um livro da Agatha Christie, a rainha do crime. E no livro, temos vários suspeitos e Eve precisa descobrir quem matou, bem parecido com muitas histórias da Agatha.

Eu amo essa série! Já ansiosa para ler o próximo... A única coisa que me preocupa é como o tempo demora a passar, já são 10 livros e temos pouco mais de dois anos desde o início. Desse jeito vamos chegar no 30 e eles vão ter 4 anos de casados hehe.

A série é gigantesca, eu sei. Os livros não são baratos, sei também. Pode ser que não termine enquanto a gente viver, ahh quem liga... Vale a pena cada livro, cada página. Leiam!!

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Série Mortal

In: http://www.jdrobb.com