Damas de honra - Jane Costello

COSTELLO, Jane. Damas de honra: Quatro casamentos e nenhum funeral. Rio de Janeiro: Editora Record, 2015. 431p. Título original: Bridesmaids.

“Porque o fato – muito preocupante, por sinal – é que agora cheguei à crítica idade dos 27 anos e posso dizer com sinceridade que nunca me apaixonei. Nunca nem mesmo cheguei perto de estar apaixonada. Com isso quero dizer que jamais consegui ficar com alguém por mais de três meses. Resumindo, estou para compromissos assim como Pamela Anderson está para o sutiã PP. Simplesmente não cabe.” p.11

Já li outros dois livros da Jane Costello, adoro chick-lit e sua narrativa é bem divertida e vergonha alheia. Confesso que não sou tão fã dela quanto da Sophie Kinsella, minha queridinha do gênero, mas gosto dos livros. Esse foi escolha do Clube das chocólatras e hoje conto o que achei de Damas de honra.

Evie Hart, 27 anos, nunca se apaixonou. Suas breves relações consistiram em alguns encontros, até que o cara em questão a irritava com alguma mania horrível e ela terminava tudo. Foi nisso que estava pensando quando seguia para o altar no casamento de sua melhor amiga, Grace, como sua dama de honra; que isso era o mais próximo que iria chegar do altar. Ver três dos seus ex-namorados entre os convidados não ajudou.

E esse é só o primeiro dos casamentos, sua amiga Georgia será a próxima, um casamento de conto de fadas. E até sua mãe, está prestes a subir ao altar. Ela se assusta ao pensar nos inúmeros casamentos que têm pela frente, e nas tarefas de dama de honra. Porém, na festa do casamento de Grace, ela descobre que sua fobia por relacionamentos pode ter cura. Um convidado especial, Jack, faz com que ela sinta tudo o que nunca sentiu. Ele é lindo, inteligente, bem-sucedido e divertido. Só tem um problema, ele também é o acompanhante de sua amiga Valentina, que coleciona namorados com seu corpo perfeito e pernas monumentais.

No meio de muitas confusões e situações constrangedoras, Evie irá correr atrás do seu próprio final feliz.

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Leitura muito gostosa. Como chick-lit ele garante momentos hilários, Evie é uma protagonista digna da Kinsella, consegue fazer as coisas mais loucas possíveis e sempre de forma desastrosa. Como romance, deixou a desejar. O casal é interessante, mas as rápidas aparições, os cortes de cena, e o pouco que o mocinho apareceu fez com que o casal perdesse química. No geral eu gostei mais da histórias das meninas, do que do romance em si.

Gostei muito das meninas e torci por elas. Grace com duas crianças pequenas e problemas no casamento. Evie perdida e desastrosamente apaixonada. Valentina com suas loucuras sem fim e agindo feito vaca em vários momentos; e Charlotte, que tinha problemas com auto estima, resolve emagrecer e mudar o visual para se encontrar.

As personalidades das quatro não tem nada de incomum. O que mais me surpreendeu foi como a autora quebrou paradigmas e mudou tudo, provando que as primeiras aparências enganam. O casal que tinha tudo para ficar junto foi o que terminou separado, a amiga traíra era afinal até legal, a mais boazinha foi a que fez merda... enfim, são muitos desfechos interessantes. Gostei dessa mudança e fiquei surpreendida com esses desdobramentos.

Gosto da escrita leve da autora, mas isso de ficar pulando de uma cena para outra e depois voltando nos acontecimentos acaba quebrando muito o romance. Achei também que a narrativa se alternaria entre as quatro damas de honra, mas apenas em primeira pessoa por Evie. O trecho final foi corrido, apesar de ter um epílogo, ainda achei que poderia ter sido melhor desenvolvido.

Gostei da leitura, romance leve, descontraído e muito divertido. Leitura rápida e gostosinha. Leiam. ^^

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Avaliação (1 a 5): 3.5