Quase um romance - Megan Maxwell
>> quarta-feira, 30 de novembro de 2016
MAXWELL, Megan. Quase um romance. Rio de
Janeiro: Editora Suma de Letras, 2016.
232p. Título original: Casi una novela.
De uns tempos para cá, Megan Maxwell começou a
pipocar em tudo quanto é rede social que acompanho, com seus livros únicos (fora da trilogia Peça-me o que quiser que a Nanda já leu). E desde este momento, senti
vontade de conhecer uma obra da autora. Já na primeira vez que abri o livro,
uma surpresa: a autora publicou este livro em espanhol (nas minhas pesquisas,
descobri que ela é nascida na Alemanha, mas é radicada na Espanha, com mãe
espanhola e pai americano)! Ficamos tão acostumado a livros de literatura
estrangeira que se passam nos Estados Unidos ou Inglaterra, que é um bônus se
passar em outro país. A cultura é diferente, assim como as atitudes e condutas.
Então vamos para a resenha de Quase um romance.
Não.
Espera!
Vocês querem saber a descrição oficial ou a que
considero mais adequada para este livro? Vou apresentar as duas porque estou muito boazinha hoje (escrevo este texto na véspera da Black Friday, então estou animada pensando nas minhas comprinonashas, rs).
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Descrição
oficial da história: Rebecca é uma mulher solitária. Ela perdeu seus
pais e dedica todo seu tempo para o trabalho. E no final de um desses dias
exaustivos no escritório, esbarra com uma cachorrinha debaixo de uma caixa de
pizza na rua e decide levá-la para casa. Mas Rebecca não podia assumir a
responsabilidade de criar um cachorro, se mal parava em casa. Porém, ao
contrário de tudo que ela imaginava, seu coração decide adotar a cachorrinha e
ela a chama de Pizza, um nome muito adequado, por sinal.
E é justamente Pizza e uma garotinha que se
chama Lorena que fazem Rebecca se aproximar de Paul. Paul cria Lorena sozinho,
é piloto de MotoGP e está cansado das mulheres caindo aos seus pés por causa do
seu dinheiro e fama, mas Rebecca é diferente e ele logo se encanta por ela.
O problema é que com tantas decepções e um fim
de um relacionamento complicado, Rebecca não quer se envolver com ninguém. Mas
como resistir a um homem lindo, educado, charmoso, carinhoso e que quer mais
que a sua amizade?
Minha
descrição da história: Rebecca é uma advogada no início de
carreira e uma mulher solitária. Ela perdeu seus pais, seus irmãos moram longe
e ela dedica todo seu tempo para o trabalho. E no final de um desses dias
exaustivos no escritório, esbarra com uma cachorrinha debaixo de uma caixa de
pizza na rua e decide levá-la para casa. Mas Rebecca não podia assumir a
responsabilidade de criar um cachorro, se mal parava em casa. Porém, ao
contrário de tudo que ela imaginava, seu coração decide adotar a cachorrinha e
ela a chama de Pizza, um nome muito adequado, por sinal.
Nas compras de natal, Rebecca vê um homem
charmoso experimentando a última jaqueta em estoque da loja. Ela tenta
persuadir o homem a não fazer aquela compra, porque quer dar a jaqueta para seu
irmão de presente, mas o homem acaba ficando com a peça.
Dias depois, Rebecca se depara novamente com o
homem da jaqueta e com uma garotinha na estação de trem. Encantada por Pizza, a
garota logo chama seu pai, que é nada menos que o moço da jaqueta. E aquele
novo encontro parece ser indicação de algo bom por aí...
Então, Paul decide agir. Ele, pai solteiro, quer
conhecer mais essa mulher que nem faz ideia de quem ele é, mas que é bonita,
simpática e se dá logo bem com a sua filha. Ele só espera conseguir entrar no
seu coração, enquanto Rebecca tenta manter tudo na amizade, apesar de ser um
tortura ficar perto de Paul sem tocá-lo. Fora isso, ela vê que ele é um cara
bonitão, mas não sabe porque todo mundo fica observando-o onde quer que ele vá.
Rebecca tenta se afastar emocionalmente de Paul,
além de mergulhar e se dedicar mais ao trabalho. Apesar de menosprezada pelo
chefe apenas por ser mulher, Rebecca quer mostrar seu valor. E quando ela se
aprofunda nos assuntos da empresa, em mais rolos se mete.
E como a história se desdobra, descubra em Quase um Romance.
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Sentiram a leve diferença? O título é Quase um Romance porque realmente tem
mais assunto que apenas Rebecca+Paul! A parte da carreira dela é muito importante
porque é nela que acontecem as partes “tchans” do enredo, mas senti que a
premissa ficou incompleta.
Eu fui lá, toda inocente pensando que seria só
uma história melosa com sacanagem e pah! Fui surpreendida. Então, quem for ler
apenas por este motivo, escolha outro livro.
Fora que na contracapa do livro fala que o Paul
é um piloto de MotoGP. No livro, só fui saber disso lá pela página 50, ou
seja, se eu não tivesse essa informação de antemão, ficaria curiosa do porquê todo mundo
encarar o homem na rua! Se não soubesse sua profissão pela sinopse, descobrir
isso teria sido muito mais interessante na leitura. Fora que a contracapa dá a entender
que a Rebecca é muito mais difícil do que foi e que a história é mais picante
do que é. Tem cenas para +18 anos sim, mas estão na medida certa (não é tipo Abbi Glines, duas páginas, uma cena caliente, rs).
Os coadjuvantes têm um charme a parte. A Lorena
é uma gracinha, além da ajudante do lar da Rebecca ser bem engraçada. A Rebecca
tem uma melhor amiga e dois irmãos que também foram bem construídos e dão
charme para a história.
Quanto aos protagonistas... O Paul é muito amor.
Já a Rebecca... A Rebecca eu quis esfregar a cara dela no muro de chapisco! Ela
me matou de ódio com umas atitudes bestas. Tive vontade de entrar no livro e sacudir os ombros dela para fazê-la acordar.
A começar por pegar a Pizza na rua e colocar a
cachorra pra deitar com ela sem tomar banho! Nem os mais adoradores de bichos
fariam isso, correto?
Aí eu pensei em Madri, onde se passa a história,
essa cidade maravilhosa e que funciona até domingo à noite (sério! Todas as
lojas abertas, pessoas nos bares. Acho que os habitantes não dormem). Então
lembrei da minha primeira impressão da cidade quando a conheci em 2015. Que
Madri fede a xixi de perro. Acho que cada habitante tem um cachorro, porque
vocês não tem noção o tanto de bicho que tem lá! Então pensei que, a Rebecca
realmente poderia dormir com um cachorro de rua na cama! E isso acontece no primeiro capítulo. Então,
digamos que já comecei com o pé atrás, rs.
Apesar de ter ficado curiosa com o desfecho da
história, ela não me fisgou por dois motivos.
1. A história parece ser escrita em flashes. Uma
cena não se conecta com a outra. Parece um monte de pedacinhos da história que
foram agregados.
2. Falta emoção. Megan Maxwell em Quase um Romance
escreve “Eu te amo” igual escreveria “Vou ali na esquina comprar um saco de
batata”.
Então juntamos esses dois fatos, com uma protagonista
inteligente que não pensa, concluo que o livro foi mais ou menos. Na minha escala de leitora chata, foi um 2,5. Aí
entra uma questão importante: Alguém já leu outro livro único da autora? São todos
escritos da mesma forma? Com a mesma emoção que se escreve uma lista de
supermercado?
Quero muito saber se comecei com pé esquerdo ou
se encontrarei uma história que me agrade mais em seus outros livros
publicados. Deixe aí nos comentários!
Avaliação (1 a 5): 2,5