Viagem Literária: Conspiração mortal

ROBB, J. D. Conspiração mortal. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. 448p. (Mortal, v.8). Título original: Conspiracy in death.

“O coração dela estava disparado. Eve se perguntava como é que ele não explodia para fora das costelas e caía nas mãos dele. Afinal, o seu coração já lhe pertencia mesmo. Bem como toda ela.

Quase em delírio e surpresa com os sentimentos de luxúria que eles conseguiam acender um no outro só com o olhar, ela se aconchegou junto a ele e disse:

- Eu amo você, Roarke.

Isso o atingiu em cheio. Essas palavras, vindo dela, eram raras e preciosas. Elas lhe faziam os joelhos fraquejarem e o coração doer.” p. 224

Prometi para mim mesma ler mais livros da série Mortal que eu adoro, e fracassei totalmente na meta rs. Li o anterior em março e pensei que tinha sido há pouco tempo! O.O Ano está voando mesmo. Mas enfim, para quem curte romance, muita confusão e investigação de assassinato a série é excelente. Hoje vou falar de Conspiração mortal da J. D. Robb.

A resenha não contém spoilers sobre desdobramentos dos livros anteriores, mas fala sobre a vida pessoal dos personagens.

Nova York, 2059. Apesar de todos os avanços para que o homem possa viver mais, a violência ainda é uma das maiores causas da morte. Seja por qual motivo for: vingança, ganância, violência, loucura... nunca vai faltar trabalho para a força policial. Com a precisão de um cirurgião, um serial killer ataca um morador de rua em sua barraca nas ruas de NY. Alguém de quem ninguém sentiria falta, um dos muitos crimes que ocorria nas partes violentas da cidade. Algo que um investigador comum logo colocaria no fundo da gaveta, dando pouca importância. Um assassino que acredita ser Deus, que visa a grandeza, se achando acima da lei. Ele está prestes a conhecer a melhor detetive da cidade.

A tenente Eve Dallas é tirada da cama, e dos braços de Roarke, para comparecer a uma cena de crime. Um mendigo morto na rua era caso de rotina e não devia ser problema dela. Ela e a policial Peabody logo se irritam com a policial no local, Bowers, que fez um trabalho porco e prometia problemas futuros. Porém, o corpo que encontram é singular. Um mendigo assassinado, nenhuma novidade, mas esse tivera o coração retirado de forma cirúrgica, por um profissional capacitado. Eve logo encontra outros corpos com características semelhantes e começa a investigar.

Como sempre ela mexe com gente poderosa, dessa vez, a nata da sociedade médica. Ameaças contra ela não são novidade, mas quando o assassino consegue afetar sua carreira, Eve se sente perdida.

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Dos melhores da série até agora! Para quem não é fã da série Mortal, pode nem achar tão especial assim, mas para quem, como eu, ama Eve e Roarke, esse livro é um dos mais tocantes. A parte policial é interessante e não é tratada de forma relapsa (como aconteceu em alguns volumes) e a parte do romance é sensacional. Vemos uma Eve mais humana, abalada com os acontecimentos. Meu coração partiu ao vê-la destruída por algo que acontece durante a trama. E Roarke, aquele Deus em forma de homem rs, pura perfeição. Pronto para cuidar dela, largando tudo para fazer o que for preciso. Brincalhão, amoroso, bravo quando é preciso.

Só tem uma coisa que continua me incomodando, as repetições. E olha que demoro a ler a sequência, mesmo assim as descrições me incomodam. Em cada livro ela descreve a casa majestosa do Roarke, a riqueza, os carros e etc. Os traços da fisionomia da maioria dos personagens, os aparelhos péssimos da delegacia. Um cenário que já conheço de cor e salteado, é contado de novo e de novo. Acho um porre. Nem são os fatos, quando ela cita fato de livros anteriores acho até legal, bom para relembrar e para situar o leitor, mas as descrições repetidas me irritam.

O vilão desse volume também foi mais interessante. A missão dele era maior, Eve era apenas um empecilho. Não tem aquela obsessão toda do assassino por ela, como acontece em alguns volumes e vai enchendo o saco.

O final foi um pouco corrido, mas gostei de como tudo se resolveu. E chorei até com uma cena, ando muito chorona com as cenas emocionantes ultimamente rs. Eu poderia até ter tirado um ponto na avaliação por causa desses detalhes como o final e as repetições, mas amei tanto o enredo que esse foi favorito da série.

Eu sei, é imensa, mas é grande por um motivo... É muito boa! Leiam. ^^

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Série Mortal

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