Loney - Andrew Michael Hurley
>> quarta-feira, 14 de setembro de 2016
HURLEY,
Andrew Michael. Loney. Rio de
Janeiro: Editora Intrínseca, 2016. 302p. Título original: Loney.
“Não se tratava meramente dos temores inquietos de um padre idoso,
era uma sensação genuína de que toda a bondade e humildade simples – pois quem
ainda era humilde hoje em dia? – haviam sido extirpadas do coração dos homens.
Somente ele, aparentemente, notara a evidente queda, de depravação em
depravação, que levara aquele Outro Mundo a um lugar singular e irreversível.
Agora não havia escuridão que não pudesse ser explorada, tampouco pouco expressa.”
p.276
Recebi
esse livro quando lançou, mas não faz muito meu estilo e acabei adiando a
leitura. Porém a capa linda me deixou curiosa (e a frase do Stephen King, confesso), e mesmo observando que a média
das avaliações eram bem baixas no Skoob
e no Goodreads, resolvi ler. Confiram
o que achei de Loney, do Britânico
Andrew Michael Hurley.
Após uma tempestade, restos
de uma criança são descobertos em um lugar sombrio da costa
inglesa, conhecido como Loney. Diante da repercussão do caso na mídia, Smith, começa a relembrar os acontecimentos sombrios de sua infância, quando visitava o lugar sempre com a família.
A
família de Tonto e mais dois casais, além do padre, se instalam em uma casa
antiga e cheia de segredos, chamada de Moorings. Um lugar no meio do nada,
pouco acessível, onde os poucos moradores se comportam de forma estranha e
sombria. Enquanto os adultos se concentram nas atividades religiosas, os dois
irmãos exploram alegremente o lugar. Eles irão se deparar com uma família
estranha, e os acontecimentos que vem a seguir nunca serão esquecidos.
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Definitivamente
não é para mim, sei que ganhou dois prêmios, tem altas frases elogiando na
capa, mas sinceramente, achei um PORRE SEM FIM! Gente, que livro chato!! Era
para ser de terror, mas única coisa que senti foi SONO.
A
narrativa do autor é bem feita, sombria, misteriosa. Deixa muita coisa nas
entrelinhas. Andrew aparentemente é autista e a mãe religiosa não
aceita e quer curá-lo, mas isso é o que o leitor percebe, no livro só fala que
ele é mudo e tem dificuldade de aprendizado. A mãe dos dois é intragável, uma
dessas religiosas neuróticas que acredita que tudo tem que ser feito seguinto uma série de regras imutáveis. Fala muito sobre Deus, mas não é capaz de ser gentil ou fazer uma boa ação no livro
todo. O padre novato é mais moderno, é gentil com os garotos e adora uma bebida para dar conta de
aguentar as beatas da cidade. Muitas atitudes ruins dos personagens, são mascaradas em nome da
fé, os maus tratos com o Andrew me deram muita raiva, se não fosse o irmão para
cuidar dele... coitado. O autor fala sobre religião, fé e rituais pagãos. Brinca sobre a
existência ou não de Deus, e a forma como ela se manifesta. E claro, fala
também da existência ou não de algo mais, algo sombrio.
Porém,
meu problema com o livro é que não acontece nada! Até agora estou procurando o
terror e o suspense prometido. Você lê, lê e tudo o que encontra é o cenário
desolado de Loney e o mistério dos vizinhos.
Muita coisa se concluí do que aconteceu por lá no final, mas na prática,
você lê o livro inteiro e termina esperando algo acontecer.
Acho
que muita gente pode gostar, quem gosta de livros onde muita coisa fica nas
entrelinhas, nada é dito e cabe ao leitor preencher as lacunas. O
suspense fica nisso, no não mostrado, nas coisas não ditas. Para mim foi extremamente
chato e não indico. Quem leu me conte se gostou.
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Avaliação
(1 a 5):