Viagem Literária: Natal mortal

ROBB, J. D. Natal mortal. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. 392p. (Mortal, v.7). Título original: Holiday in death.

“Ela convivia com a morte, trabalhava com ela, rodeava seu mundo com ela, dia após dia, noite após noite. Em pleno mês de dezembro do ano de 2058, as armas já haviam sido banidas e a ciência aprendera a prolongar a vida muito além dos cem anos.

O homem, porém, ainda não deixara de matar seus semelhantes.” p.9

Será que consigo ler um por mês até o final do ano? Pouco provável, mas adoro essa série e queria colocar em dia... #sonha. O sétimo livro da série Mortal tem romance, assassinato e muita confusão! Hoje vou falar de Natal mortal da J. D. Robb.

A resenha não contém spoilers sobre desdobramentos dos livros anteriores, mas fala sobre a vida pessoal dos personagens.

A tenente Eve Dallas ainda está se recuperando dos ferimentos deixados em seu último caso, quando salvou o traseiro de Summerset (Vingança mortal), algo que ela nunca imaginou-se fazendo. Obviamente, não tirou a licença necessária e pouco depois, está de volta a ativa. Responde no rádio a um chamado de briga doméstica, mas claro, encontra um corpo.

Um assassino que brinca com a policia. Fantasiado de Papai Noel, ele sorri e acena para as câmeras do prédio. No quarto, o corpo de uma jovem mulher, nua, enfeitada com um festão de Natal, maquiada e com um enfeite nos cabelos penteados. Estuprada, sodomizada, enforcada.

Pelo ritual todo, Eve sabe que ele está apenas começando. Mas não é fácil encontrar um homem vestido de Papai Noel em pleno natal de Nova York. Ela e sua assistente, Delia Peabody, correm contra o tempo. Uma agência de encontros parece ter ligação com o crime, a Íntimo e Pessoal. E o movimento na agência é grande, ninguém quer passar o natal sozinho. A medida que as vítimas vão aumentando, Eve pesquisa a fundo o mundo das pessoas em busca de seu verdadeiro amor, onde o assassino busca sua próxima vítima.

Antigamente Eve desdenharia disso, mas não depois de contra todas as possibilidades, encontrar seu verdadeiro amor em Roarke. Eles estão cada vez mais próximos e apaixonados. Ele prepara um grande evento para o Natal, ela odeia fazer compras. Ele faz de tudo para que ela descanse e tenha tempo para o relacionamento, ela fica indignada quando alguém interfere em seu trabalho.

“No inverno passado – começou ela, falando devagar – você entrou à força em minha vida. Não pedi por isso. Não queria você.

A sobrancelha dele se ergueu, em um gesto irritado de desafio.

- Graças a Deus você não deu a mínima para o que eu pedi ou para o que eu queria – murmurou ela, e viu o ar de desafio se transformar em um sorriso.”

p. 214

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Leitura delícia como sempre. Esse livro é mais leve e divertido, apesar de todos os assassinatos sinistros. Eve e Roarke garantem momentos ótimos, os amigos todos em volta dela também: Mavis, Peabody, McNab, a Dra. Mira, Feeney, Nadine... o círculo de pessoas em volta da ex solitária Eve está sempre aumentando. Summerset apareceu pouco, uma pena, me divirto muito com ele. Esse volume também tem menos cenas sexuais, prefiro assim, acho enjoativo se tem em exagero.

Algumas coisas vão ficando repetitivas e espero que no decorrer da série isso pare de acontecer: Eve reclamando o tempo todo que não liga para moda e dinheiro, exaltando o quanto Roarke é rico, reclamando de tudo que seja ligado a qualquer evento social e etc. Já deu para entender que ela é assim, fica um pouco chato em todos os livros as mesmas descrições.

O caso investigado nesse volume foi bem interessante, apesar de que eu acertei o assassino rs, mas foi bem feito. Muitas mortes sinistras, um assassino esperto e escorregadio. Gostei também do fato do desfecho ser diferente, aquela coisa de no final tentarem sempre matar a Eve já está batido rs.

Adoro a série e sempre curto os livros, esse não foi favorito como o anterior, mas curti muito a leitura. Eu sei que é imensa, mas vale a pena mesmo assim rs, leiam!

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Série Mortal

In: http://www.jdrobb.com