A mulher que roubou a minha vida - Marian Keyes
>> segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
KEYES, Marian. A mulher que roubou
a minha vida. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015.
472p. Título original: The woman who stole my life.
“Se é feito com
amor, o imperfeito torna-se perfeito.” p.182
Marian
Keyes é uma das mais renomadas autoras de chick-lit. Seus livros fazem
sucesso mundialmente e sou fã do seu trabalho. Já li todos, alguns
li no período anterior a criação do blog, por isso não foram resenhados, uma
pena. Todo ano no mês de dezembro, os fãs esperam ansiosos por um lançamento no
Brasil, já virou tradição. E o livro desse ano foi A mulher que roubou a minha vida.
Stella Sweeney, 41, acreditava no carma. Um boa ação seria recompensada, sempre resultaria em coisas boas. Foi com
pensamento positivo que enfrentou todas as dificuldades em seu casamento
com Ryan. Casaram-se muito novos e o
marido era um artista, ou seja, tinha muita inspiração e pouco dinheiro. Agora os filhos
estavam crescidos, Jeffrey com 18
anos e Betsy com 19. Não que achasse
que fizera um bom trabalho; sua filha queria casar com um cara muito mais velho
e desperdiçar toda a sua vida, até ser trocada por um novo bibelô. Seu filho
praticava yoga! E cozinhava coisas estranhas... Muito diferente do que se
espera de um adolescente normal.
Stella está de volta a Dublin, depois de viver em Nova York
por um ano, em turnê com seu livro de auto-ajuda. Tentava desesperadamente
recuperar a vida que perdera... Ou pelo menos, pensava muito nisso, enquanto se
entupia de carboidratos. Com um golpe de sorte conquistara fama, dinheiro e a
vida com que sempre sonhou. Agora estava de volta a sua antiga casa, sem
dinheiro, tentando desesperadamente escrever um segundo livro. Claro que foi
tudo culpa do carma. E do acidente, aquele em que conheceu Mannix Taylor. O que Stella mais deseja é voltar a ser aquela
mulher, bem sucedida e respeitada. Resta saber se vai conseguir, e se realmente
vale a pena.
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Com um enredo bem construído e uma trama excelente, Marian
Keyes surpreende mais uma vez. O enredo é bem elaborado, passeia entre passado
e presente por meio das lembranças da protagonista, o que deixa o leitor
curioso para descobrir o que aconteceu para Stella estar na situação atual. Vocês podem observar que a sinopse acima ficou bem evasiva, eu não queria contar muito sobre o que aconteceu com a protagonista.
Porém, apesar de ter gostado tanto da história, não posso
dizer o mesmo dos personagens. Gente boazinha demais, me irrita. Stella é
capacho do início ao fim! Do marido, do filho, quase uma santa. E como me
irritou a forma como ela foi condescendente durante todo o livro. Esperei até o
final para vê-la dar um basta e falar umas verdades para a família, mas isso
não aconteceu. O filho dela é insuportável! A história alterna entre Jeffrey
aos 15 e aos 18 anos, e eu simplesmente queria dar um tiro nele! A filha é
ligeiramente melhor, mas Ryan é um pé no saco. E o pior, não é o fato deles
serem horríveis na maior parte do tempo, e sim dela achar tudo normal.
Stella passa por poucas e boas. Gostei mais da parte do
passado, com ela enfrentando as dificuldades que deram origem ao seu livro, do
que do presente. Suas reflexões eram engraçadas e garantiram ótimos momentos
durante a leitura. Não achei super divertido como outros da autora, ganhou alguns
sorrisos, mas nenhuma risada. Os diálogos são sempre bons, inteligentes e perspicazes.
Agora o romance, foi fantástico! O livro mais sensual da
autora, o casal tinha muita química e amei todas as cenas com eles. Gostei
também do final, muito fofo! Um daqueles finais que fazem os olhos brilharem e
te deixam com um sorriso bobo no rosto.
Sei que muita gente amou, a Alice – uma amiga do Clube das Chocólatras – disse que foi um dos melhores da autora que já leu! Não ficou entre meus favoritos da Marian, embora tenha gostado da leitura. Estou acostumada
com protagonistas de chick-lit a la “Maria do Bairro”, mas elas precisam ir a
forra depois, para compensar rs.
Quem já leu não deixe de me contar o que achou. De qualquer
forma a leitura vale a pena, só moderem as expectativas. Leiam!
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Avaliação ( 1 a 5): 3,5