Para todos os garotos que já amei - Jenny Han

>>  terça-feira, 1 de setembro de 2015

HAN, Jenny. Para todos os garotos que já amei. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca, 2015. 320p. (Para todos os garotos que já amei, v.1). Título original: To All the Boys I've Loved Before.

“Quando escrevo, não reprimo nada. Escrevo como se ele nunca fosse ler. Porque não vai mesmo. Cada pensamento secreto, cada observação cuidadosa, todos os sentimentos que guardei dentro de mim, coloco tudo na carta. Quando termino, fecho o envelope, escrevo o endereço e coloco dentro da caixa de chapéu azul-petróleo.
Não são cartas de amor no sentido mais estrito da palavra. Minhas cartas são de quando não quero mais estar apaixonada. São cartas de despedida. Porque, depois que escrevo, aquele amor ardente para de me consumir. Posso tomar o café da manhã sem me preocupar se ele também gosta de banana com cereal; posso cantar músicas românticas sem estar cantando para ele. Se o amor é como uma possessão, talvez minhas cartas sejam meu exorcismo. As cartas me libertam. Ou pelo menos deveriam.” p.7

Já li alguns livros da autora e gosto da narrativa da Jenny Han. Seu estilo é mais suave, inocente. Suas protagonistas normalmente passam por um processo de amadurecimento grande durante a história. Hoje conto para vocês o que achei de seu novo livro no Brasil, ele tem rendido muitos elogios e notas altas nas redes sociais, Para todos os garotos que já amei.

Lara Jean Song, 16 anos, é a filha do meio. Agora são apenas as três irmãs e o pai, que é médico e tem uma rotina bem corrida, a mãe faleceu faz quase seis anos. Sua irmã Margot, 18, sempre foi organizada por natureza, e tomou conta da família. As irmãs cresceram unidas e cuidando da mais nova, Kitty, 9, uma menina inteligente e cheia de atitude.  Elas seguem as tradições das festas e comidas - coreanas do lado da mãe e as americanas da o pai-, e vivem sempre cuidando da casa e uma das outras. Lara Jean é uma menina tranquila e caseira, adora ler e fazer doces.

Margot é cheia de atitude, decidida e aventureira. Tanto que resolveu cursar uma faculdade na Escócia, deixando para trás a família e o namorado, Josh. Ela termina o namoro seguindo um antigo conselho da mãe, que sempre lhe dizia que ela deveria ir solteira para a faculdade, que gostaria de ver a filha dizendo sim, ao invés de não para as novas oportunidades. Porém Josh faz parte da família, é o vizinho do lado, amigo das irmãs, Lara até já teve uma quedinha por ele, antes dele se declarar para a irmã mais velha. Quando Margot vai embora, tudo muda.

Lara Jen tem o costume de escrever cartas para todos os garotos que já amou, são 5 no total. Cartas que ela nunca enviaria, é claro, cartas sinceras e cheias de detalhes, que ela escreve quando o amor acabou, ou quando precisa esquecer alguém. Essas cartas são fechadas e endereçadas, mas guardadas com carinho em uma caixa azul petróleo que ela ganhou da mãe.

Até que um dia essas cartas íntimas e secretas, são misteriosamente enviadas, e de uma hora para outra, sua vida amorosa que só existia no papel, vira realidade.

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Gosto muito da narrativa da Jenny Han, me lembra um pouco o estilo da Stephanie Perkins. São histórias com o enredo simples e bem trabalhadas, com protagonistas inseguras que vão mudando muito no decorrer da história. Gostei da leitura, mas esperava mais do enredo. Talvez por todo mundo estar amando tanto, é um livro legal, mas não achei nada demais.

A história é puro clichê, a menina quietinha que gostava do namorado da irmã mais velha, e de repente, pela confusão das cartas, ganha também o interesse do garoto lindo e popular da sala. E tem também o Josh, o ex-namorado da Margot, que de repente acorda para a vida, muito disso devido ao enorme pé na bunda que levou rs. E claro que ela é bonitinha, inteligente, mas meio sem graça... E temos a ex-namorada popular e MÁ (muito importante ser má) do carinha, o Peter, e etc e tal. Eu não ligo para clichês, se a história for excelente eles não fazem diferença, é até difícil fugir deles.  Outra coisa que não gostei,  a autora coloca várias das cartas enviadas na integra, mas não coloca a principal, a carta para o Josh. Dela ter gostado do namorado da irmã eu não me importei, eles eram melhores amigos, tinham quase a mesma idade, achei natural.

Acho que o que faltou, foi eu amar a protagonista. Não desgostei da menina, mas não me apaguei a ela, como com a Isla por exemplo, que adorei e torci o livro inteiro para o casal. Ou o romance ser mais forte, o mocinho demora a se sobressair, você fica meio livro pensando para quem deve torcer, de tão confusa que a menina é para decidir de quem gosta rs.

A família é ótima, adorei o pai das meninas e principalmente, Kitty. Melhor personagem do livro, menina fofa, inteligente, divertida. Margot tem aquela coisa de ser ótima para a família, mas é controladora demais em minha opinião. Achei legal a forma como Lara Jean foi obrigada a amadurecer e mudar na ausência da irmã.

O final é muito abrupto, muito mesmo! Tanto que para quem for ansioso demais, é melhor esperar lançar a continuação para ler os dois. Termina tão no ar que eu fiquei irritada, até virar a página e ver que tinha o segundo rs.

Então é isso, eu gostei, mas esperava mais. Quem leu me conte o que achou, leiam!

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Duologia Para todos os garotos que já amei da Jenny Han
  1. Para todos os garotos que já amei (To All the Boys I've Loved Before)
  2. P.S Ainda amo você (P.S I Still love you).
  3. Agora e para sempre, Lara Jean (Always and forever, Lara Jean).
Avaliação (1 a 5): 3.5

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