A aposta - Rachel Van Dyken
>> quinta-feira, 2 de abril de 2015
DYKEN,
Rachel Van. A aposta. Rio de
Janeiro: Editora Objetiva, 2014. 286p. (The Bet, v.1). Título original: The
bet.
“-
Vovó!
-
Travis! Kacey! – Ela colocou a mão sobre o coração.
Ai,
meu Deus, era o fim. Sua avó tinha acabado de vê-lo pronto para transar com a
noiva do irmão. Ele seria a causa de sua morte. Ele sabia disso.
Ela
inclinou a cabeça.
-
Kacey, este sutiã é bem bonito. Cor-de-rosa. Por que eu não tenho roupas de
baixo cor-de-rosa?
Travis
escondeu a cabeça entre as mãos, rezando para sumir.” p. 99
Mais
um new adult que saiu da fila, este chegou tem algum tempo, mas acabei
protelando a leitura. Hoje conto para vocês o que achei do primeiro volume da
trilogia The Bet com A aposta da Rachel Van Dyken.
Kacey não encontrava há anos
com seu melhor amigo de infância, Jake
Titus. E sabia, depois de tudo o que aconteceu no passado, que deveria
ficar bem longe dele. Até que Jake insistiu em um encontro para um café e ela não
conseguiu negar, nunca conseguiu lhe negar nada. Seu melhor amigo da vida
toda, até que uma noite na faculdade muda tudo e os dois se afastam.
Agora Jake, o milionário que sempre teve tudo o que quis, precisa de sua ajuda para convencer os pais e, principalmente, a avó de que mudou. De que deixou para trás as garotas de
programa e as confusões e está pronto para assumir a empresa da família.
Para isso precisa que Kacey volte com ele para casa, passe um final de semana e
finja que os dois estão noivos. Claro que ela tentou negar, mas quando Jake mencionou que a avó Nadine estava
doente, acabou aceitando.
Agora precisa voltar para sua cidade por quatro dias, nunca mais voltou à cidade, depois de perder os pais em um trágico acidente. Além de enfrentar os fantasmas do passado, precisa se preocupar em fingir ser
noiva de Jake e reencontrar algumas pessoas do passado, incluindo o irmão
insuportável de Jake, Travis. Ele
pregava muitas peças nela quando eram crianças, a perturbava tanto que a moça
apelidou o menino de Satã. Mas agora Travis era um homem adulto, lindo, capaz
de mexer com a sanidade e com o coração de Kacey.
~~~~~~~
Confesso
que estava com receio de não gostar, li duas resenhas bem negativas e
fiquei com um pé atrás. Mas, apesar de não ser nenhuma maravilha do gênero, eu gostei e me diverti muito. Na
verdade diversão é a palavra chave aqui, a autora escreve praticamente um
chick-lit. Personagens pastelões, uma avó hilária e muitas cenas engraçadas. Eu
dei muita risada durante o livro, passei vergonha rindo alto no ônibus hehe.
Não dá para levar a sério esses personagens gente, se vocês tentarem, vão
encontrar um dos motivos para desgostar do livro. Os três personagens
principais são muito imaturos. Imaturos de jogar ovo um no outro, de brigar de
socos, de se comportarem como adolescentes. E todos eles têm entre 21 e 23 anos,
salvo engano. Jake é um menino rico mimado, que não quer nada sério com Kacey,
mas não exita em demonstrar que ela lhe pertence. Travis é um fofo, mas
desajeitado toda vida, traumatizado com uma gagueira do passado e incapaz de se
expressar com clareza para Kacey. Ele acha que provoca-la e ofendê-la é uma
forma de demonstrar interesse. Eu não me irritei, eu dei risada e mais risada com as confusões.
A
mocinha. Li por aí que ela é lerda, imatura, indecisa e tonta rs. Muita gente
odiou e tal. Eu gostei da Kacey, achei ela devagar demais para entender as
coisas e muito imatura, mas não desgostei. Ela perdeu os pais
muito cedo e se afastou da família dos melhores amigos, quase sua família também, já que estavam sempre juntos. Sempre teve uma queda
por Jake, apesar dele ser mulherengo e ela saber disso. E sempre achou que
Travis a odiava. Agora está de volta e um Travis lindo e sedutor insiste em
ficar perto dela, enquanto Jake demostra possessividade, mas se esquiva para
encontrar com outras mulheres. Entendi a confusão toda dela, ela é devagar rs,
mas não é chata nem burra para mim.
A avó. A personagem merece destaque, é a mais divertida do livro. Me lembrou muito da avó da Stephanie Plum, uma série chick-lit que eu adoro. Todos tentam agradá-la porque teve um pequeno derrame e está doente, enquanto ela manipula todo mundo para fazer o que ela quiser e aos 80 anos ainda dá uma escapada com o vizinho, hilária.
O enredo não trás novidades, mas é bonitinho. O rapaz bonito e galinha precisa da ajuda da amiga certinha para se safar com os pais, ela no fundo gosta dele, mas sabe que isso não vai prestar. Claro, não consegue recusar o pedido. O irmão bonzinho é todo desajeitado com a mocinha e por aí vai.
A avó. A personagem merece destaque, é a mais divertida do livro. Me lembrou muito da avó da Stephanie Plum, uma série chick-lit que eu adoro. Todos tentam agradá-la porque teve um pequeno derrame e está doente, enquanto ela manipula todo mundo para fazer o que ela quiser e aos 80 anos ainda dá uma escapada com o vizinho, hilária.
O enredo não trás novidades, mas é bonitinho. O rapaz bonito e galinha precisa da ajuda da amiga certinha para se safar com os pais, ela no fundo gosta dele, mas sabe que isso não vai prestar. Claro, não consegue recusar o pedido. O irmão bonzinho é todo desajeitado com a mocinha e por aí vai.
Para quem curte chick-lit, personagens sem noção é um livro que irá agradar. Mas não é um NA sério ou com um drama envolvido. É um livro leve
que rende boas risadas. Leiam!
Trilogia The bet da Rachel Van Dyken
Avaliação
(1 a 5):