Viaje com as séries #121 - Grey's Anatomy e eu

>>  segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Lá em abril de 2013, na coluna #55, eu escrevi aqui sobre Grey's Anatomy. Escrevi no geral sobre a série que eu só tinha visto a primeira temporada e que ainda queria ver, já que havia sido tão recomendada. Hoje volto aqui para escrever sobre ela como espectadora viciada:

Quando batemos o olho na palavra vício sempre vem à mente alguma conotação ruim, por exemplo, o vício em drogas, álcool, etc, mas eu acredito que haja um tipo de vício bom também, como o vício em séries. Ok, não é 100% saudável, não faz bem o tempo inteiro, mas é melhor que outros que vemos por aí. Esse é um vício que eu tenho e não me envergonho. Adoro ver séries, poder me infiltrar em todo tipo de história e em profissões completamente distintas.
Um dos problemas desse vício é quando não conseguimos parar e vemos um episódio atrás do outro, o famoso só mais um, que acaba fazendo com que nossas horas de sono diminuam. E não para por aí, quando dormimos, ainda estamos com a cabeça naquela trama e é completamente normal nesse tipo de caso os sonhos relacionados aos episódios, ultimamente venho fazendo muitas cirurgias... É, estou passando por um caso agudo de vício em série no momento e tenho companhia, o maridão.


Por indicação das minhas amigas que acompanham a produção, engajei-me a colocar em dia o drama médico Grey’s Anatomy. Revi a primeira temporada, que tinha conferido anos atrás, e nessa leva de episódios puxei o marido junto. E agora somos dois viciados em Grey’s Anatomy assumidos. Acho que faz um mês mais ou menos que começamos e estamos nos encaminhando para o fim da terceira temporada, restam 162 episódios para vermos, mais sete temporadas. Mesmo assim, já sentimos aquele friozinho na barriga, aquela dúvida do que acontecerá com a gente quando acabarem os episódios inéditos, quando tivermos que esperar semana após semana para poder ver mais daquela turma. Já pensamos também nas mudanças de elenco e, o que é inevitável quando se acompanha a série, nas mortes que virão nos assombrar daqui pra frente.
Uma coisa que comentamos muito é que em House, por exemplo, os casos eram difíceis, mas 99% resolvidos. Tínhamos finais felizes, esperança. Em Grey’s é o oposto, já ficamos adivinhando quem será o paciente que passará dessa para uma melhor, como dizem popularmente. No começo ficamos chocados, tristes, porque é péssimo ficar sem esperança, mas aquilo ali é a realidade. Quantas pessoas morrem todos os dias nos hospitais? Muitas vezes, pessoas próximas a nós. A vida é essa bitch mesmo, que pode faltar/acabar em um simples procedimento ou em uma cirurgia mega máster complicada.
Isso não quer dizer que a gente tenha parado de sofrer, jamais. Ainda ficamos com aquela pontinha de esperança lá no fundo, afinal ela é a última que morre, né? Só que estamos mais realistas, para o sofrimento não ser tão grande quando a morte inevitável vier. E eu choro. Confesso que menos do que normalmente choraria porque não estou sozinha, mas se tivesse, minha gente, minha casa alagaria. Principalmente com Denny Duquette...


Para quem ainda não sabe, a série começa acompanhando cinco internos do hospital Seattle Grace, entre eles Meredith Grey, filha de uma renomada cirurgiã, que precisa esconder a doença da mãe e o envolvimento com um dos cirurgiões do hospital. Todos pensam que ela tem a melhor vida, que terá privilégios por ter a mãe que tem, mas ela é mesmo uma bagunça total. Junto com ela ingressam no programa Cristina Yang, Izzie (Isobel) Stevens, George O' Malley e Alex Karev, todos ficam sob o comando de Miranda Bailey, conhecida como “nazi” por sua rigidez e dureza com os alunos. A curta primeira temporada (nove episódios apenas) tem o foco no dia a dia desses profissionais, seu relacionamento entre si – já que são concorrentes, nem todos continuarão no hospital -, o tratamento dos pacientes, a relação com os superiores e também um pouco na vida deles fora do hospital. Além de Miranda, o hospital conta com os cirurgiões Derek Shepherd, especializado em neurocirurgias, e Preston Burke, o melhor quando o assunto são cirurgias no coração. Todos são chefiados por Richard Webber, cirurgião-chefe e administrador do hospital. Daí pra frente muita coisa rola e desenrola, sempre de forma instigante, que nos faz querer mais e mais. Uns saem, outros chegam, mas a magia continua acontecendo no hospital. Espero continuar empolgada com os episódios.


Vale ressaltar que além de todo o drama que um hospital proporciona, a série nos presenteia com inúmeros momentos cômicos também. Os roteiristas sabem dosar bem isso nos episódios, o que torna tudo ainda mais interessante. Pera, deixa eu limpar a baba aqui do teclado.
Até agora nossos personagens favoritos são George, que é super mega fofo, amigão, queridão, mas que tem seus momentos de vacilo também. E a nazi Miranda Bailey, que teve o coração amolecido por uma pessoinha e se mostrou uma ótima surpresa para nós. Claro que também gostamos dos outros, mas esses dois têm lugar especial no coração. Outra coisa que é certa é que em algum momento algum desses personagens fará algo para nos tirar do sério. Já fiquei com raiva de todo mundo, eu acho. Menos da Addison, que é minha diva e que não tem como odiar nunca (ela apareceu no fim da primeira temporada).
Ah, a série é ótima para piriguetagem também. Derek é um forte candidato, não fosse toda a enrolação dele com Meredith, de não saber se fica junto ou não, eu gostaria muito mais do personagem. O McDreamy é charmoso, engraçado, inteligente e super competente. Mas consegue se portar como um idiota, às vezes. Em vários momentos eu quis dar uma sacudida para ver se ele acordava. Vamos ver como ele se porta daqui pra frente. Karev também tem seu charme, mas o vencedor disparado é McSteamy, que entra na segunda temporada se minha cabeça não está confundindo tudo. Mark Sloan, cirurgião plástico, cheio de canalhice e com uma aparência incrível, - não queria repetir, mas... – e ele é tão charmosooo, que socorro! Com certeza estará na minha lista do fim do ano.


Mais um ponto alto da série é a trilha sonora. As músicas são de arrasar e algumas ficam agarradas na cabeça da gente, como foi o caso de Chasing Cars, do Snow Patrol, que escuto praticamente todo dia. Aliás, ela e a música do The Fray How to Save a Life tornaram-se top 5 nas paradas depois de aparecer na série. A música desempenha um papel fundamental na criação de Grey's Anatomy e a série já é sinônimo de boa música.

Curtas
  • A série estreou em 2005 e em setembro de 2014 estreia sua 11ª temporada;
  • O nome Grey's Anatomy é derivado de Henry Gray, autor do livro médico Gray's Anatomy. Eles propositadamente alteraram "Gray", para "Grey", para fazer referência ao sobrenome de Meredith Grey;
  • A série originou o spin-off Private Practice;
  • Com exceção do episódio "The Self Destruct Button", da 1ª temporada, todos os outros episódios tiveram seus títulos retirados de músicas conhecidas;
  • É comum que, no seriado, alguns dos momentos mais importantes se passem dentro de um elevador;
  • O Dr. Alex Karev, interpretado por Justin Chambers, originalmente não faria parte do programa. 

*Texto originalmente publicado no meu blog.


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