A garota que perseguiu a lua - Sarah Addison Allen
>> quinta-feira, 24 de julho de 2014
ALLEN, Sarah Addison. A garota que perseguiu a lua. São Paulo: Editora Planeta, 2012.
240p. Título original: The girl who chased the moon.
“- Você nunca ficou com saudade de casa?
- Estou sempre com saudade de casa – ela disse
sem olhar para ele. – Só não sei onde é minha casa. Há uma promessa de
felicidade por aí. Eu sei disso. Até sinto às vezes. Mas é como perseguir a
lua: bem na hora em que você acha que a tem, ela some no horizonte. Eu fico
triste e tento seguir em frente, mas depois o maldito troço volta na noite
seguinte, me dando esperança de pegá-la novamente.” p.175
Todos falam muito bem da
autora e há tempos queria ler algo dela, mas confesso, o que me fez querer o livro
desesperadamente foi esta capa, tão linda! Claro que aí ele ficou séculos na
estante parado, agora finalmente foi a minha leitura do mês de junho do Clube das gêmeas. Eu
descreveria o estilo da autora como um romance com um pé na fantasia, e hoje
conto para vocês o que achei sobre A
garota que perseguiu a lua da Sarah Addison Allen.
A cidade de Mullaby,
Carolina do Norte, é conhecida pelo seu churrasco, seu tamanho pequeno e seu ar
pitoresco. Este é o novo lar de Emily
Benedict, 17 anos, uma moça que volta à cidade onde a mãe nasceu após sua morte,
em um repentino acidente. Emily nem sabia que tinha algum parente, até ser
enviada para morar com o vovô Vance.
Ele é calado, estranho e uma espécie de gigante. Pelo menos, é o homem mais
alto que Emily já viu.
E não é só o avô gigante
que é estranho. As luzes misteriosas que parecem correr perto de seu quintal e o
papel de parede que aparentemente, muda sozinho, são apenas alguns aspectos
peculiares de sua nova vida. Solitária e sem saber como se adaptar,
Emily conhece Win Coffey, o filho do
prefeito que sempre aparece do nada pela cidade. Ele é engomadinho
demais, bonitinho demais... e bastante misterioso.
O que mais a perturba é
a maneira como seu nome causa desconforto nas outras pessoas, primeiro ela descobre que a mãe – uma pessoa altruísta e que criou a filha para sempre ajudar o
próximo – era uma das patricinhas da escola, que deixou um rastro de ódio em
seu passado. A aproximação dela com Win também parece ser vista de forma
negativa por todos, Emily tem um monte de perguntas sem respostas.
Julia Winterson, 36 anos, voltou a morar na cidade após a morte
do pai. Ela nunca pretendeu voltar, mas precisava quitar as dívidas do pai
antes de vender o restaurante onde ele dedicou grande parte da vida, o
restante do tempo era voltado para atender as muitas exigências de sua
madrasta. Julia tem um passado amargurado, um grande arrependimento e o coração
partido. A cidade trás péssimas recordações, de sua adolescência rebelde e solitária.
E um dos seus maiores
arrependimentos está sempre por perto, Sawyer é lindo, um sedutor homem do sul, que parece estar sempre por perto, atraído
pelos seus doces. Ele também tem um dom singular, que o deixa ainda mais atraído pelos bolos da Julia. Ele já partiu seu coração no passado, ela não quer deixar que
isso aconteça novamente.
Sabendo como essa é uma
fase difícil da vida, Julia se aproxima de Emily, disposta a cuidar da garota,
sabendo que ela não tem culpa dos erros da mãe. Juntas, elas irão contar uma
história romântica, doce e com um toque de magia.
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Sempre tive curiosidade
em conhecer a autora, e ela não me decepcionou. Foi uma leitura despretensiosa,
leve e muito gostosa. A narrativa é ótima, a autora não desperdiça palavras,
criando uma trama concisa, com bons personagens e enredo marcante.
Adorei os dramas, gostei
mais da história da Julia do que a da Emily, talvez por ser uma história adulta. Emily não é uma menina rebelde, fresca ou cheia de mimimi pela situação
em que vive, o que me fez gostar muito dela. Não gostei tanto de Win e por isso,
não liguei muito para o romance entre eles. Já Julia e Sawyer aquecem as
páginas, os dois têm muita química e eu suspirava cada vez que apareciam.
A parte de fantasia é
bem sutil, mas é parte inerente a trama. Não é nada que vai ser descoberto ou
explicado, são só coisas que fazem parte da cidade, não entra em mérito a
credibilidade da coisa, como os papeis de parede do quarto da Emily, que mudam
sozinhos rs.
Eu vou reclamar de uma
coisa, e não dei 5 por conta disso, o final. Ah, achei que a história da Julia
foi tão corrida, o que eu mais queria acaba acontecendo, mas não é narrado, fiquei
arrasada. Virei as páginas esperando um epílogo e fiquei inconformada quando vi
que era só um adendo explicando as fases da lua aff.
Apesar da apresentação
suave, a autora consegue abordar dramas familiares, bullying e outros temas
sérios. Enfim, eu achei fofo e indico, uma leitura leve e muito gostosa. Quem
já leu me conte o que achou, quero outros livros da autora na estante. ^^
Avaliação (1 a 5):