Iniciada - Amanda Hocking
>> quinta-feira, 26 de junho de 2014
HOCKING, Amanda. Iniciada. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2013. 336p.
(Trylle, v.3). Título original: Ascend.
“Apesar de não querer, ele afinal cedeu. Me deu um beijo
rápido e forte na boca.
- Vou ajudá-los e depois venho atrás de você – disse ele.
- Eu sei. Agora vá.
Ele concordou com um movimento de cabeça e saiu em disparada
pelo corredor. Respirando fundo, eu me virei em direção às portas. Percorri o
corredor, pronta para matar meu pai.” p.273
O maior elogio
que eu posso fazer a autora é sobre a evolução da trilogia, os livros foram
melhorando ao invés de piorar – infelizmente, algo raro ultimamente nas séries voltadas ao público jovem. Nunca cheguei a ser fã da trilogia, acho que mais pela época em que li (já meio cansada do estilo)
do que pelo enredo. E hoje conto para vocês como a história termina com Iniciada da Amanda Hocking.
Em Trocada
ficamos conhecendo Wendy, uma menina aparentemente um pouco problemática, que
vive sob os cuidados da tia e do irmão mais velho. Sua mãe está em um
manicômio, desde que tentou matá-la quando tinha 6 anos, insistindo que ela não
era sua filha. A vida da garota muda quando ela descobre a verdade.
Em Dividida
a vida de Wendy virou de cabeça para baixo, ela descobriu que é uma criança
troll e que foi trocada por um menino humano ao nascer, pratica conhecida na
cultura troll como changeling. Para piorar ela é a princesa herdeira do trono
Trylle e precisa ajudar a mãe a salvar o trono. Claro que isso torna
impossível seu romance com o rastreador Finn Holmes, sua mãe tem outro
pretendente para ela. Resta saber se Wendy vai ajudar seu povo ou seguir seu
coração.
A resenha contém
spoilers se você não leu os volumes anteriores da trilogia.
Wendy Everly, 18 anos,
decidiu assumir suas responsabilidades como princesa e fazer de tudo para
ajudar Elora, rainha e sua mãe, a
salvar o reino Trylle. Para isso, precisou terminar tudo com seu primeiro
amor, o rastreador Finn Holmes - não que ele tivesse feito algo para impedir, pelo contrário. Wendy fica noiva de Tove Kroner, mesmo
sabendo que tudo que existia entre os dois era uma grande amizade.
Seu coração ainda
está dividido, além de Finn, o príncipe Vittra, Loki, deixou Wendy confusa e apaixonada. O problema é que Loki não é nada
confiável, todos sabem que o rei Vittra, pai de Wendy, quer a filha vivendo em
seu reino. E os dois reinos são inimigos há muitos anos, deixando tudo muito mais complicado.
Com Elora doente
e com pouco tempo de vida, Wendy corre o risco de perder as pessoas que mais
ama, além do reino. O futuro de seu mundo depende de suas ações e ninguém pode
fazer este sacrifício por ela. Seu irmão Matt
– que insistiu em ficar ao seu lado mesmo quando descobriu que seu irmão de
sangue era Rhys – e sua melhor amiga
Willa estão de prontidão para
ajudá-la, mas não há muito que eles possam fazer.
Quando descobre
que se entregar aos Vittra pode ser a única saída para salvar a vida do seu
povo, Wendy tem outra difícil decisão a tomar.
~~~~~~~
Terminou muito
bem! A autora não errou a mão no final, como eu disse, não amei os primeiros e
não iria amar este também, por isso a nota não foi mais alta, mas me surpreendi
com algumas escolhas.
O triângulo
amoroso se consolidou no segundo livro; Wendy era apaixonada por Finn, que abriu mão dela por ser rastreador e achar que não poderia
ficar com uma princesa, surgiu então seu interesse por Loki, príncipe do reino inimigo.
E tem também Tove, que ela nunca amou. E o que eu mais gostei foi que ela
escolheu com quem queria ficar, terminou com o outro, deixou claro os seus
motivos e correu para o abraço. Raridade e foi lindo rs.
O final também
teve bastante ação, cenas emocionantes e um epílogo que se passa quatro meses
após o final. Vários personagens ficaram meio sem final, porém, em seguida temos um
conto inédito intitulado “Para sempre”
que foi incluído no livro, o que achei muito legal. O conto mostra os
outros personagens e deixa a história bem redondinha.
Gostei também dos
trolls entrarem em cena como um povo bonito, com magia e muitas tradições. Foi
uma boa mudança de ser sobrenatural, ainda mais que eles sempre são mostrados
como grotescos e maus, como em O senhor
dos anéis, Eragon e outras
histórias de fantasia.
É uma ótima dica
para o público jovem que curte romances de fantasia, como eu disse, acho que só
não gostei mais porque já estou meio enjoada do estilo, mas de qualquer
forma valeu a leitura. J
Trilogia
Trylle da Amanda Hocking:
Avaliação (1 a 5): 3,5