O duque e eu - Julia Quinn
>> quinta-feira, 24 de abril de 2014
QUINN, Julia. O duque e eu. São Paulo: Editora Arqueiro, 2013. 288p.
(Bridgertons, v.1). Título original: The Duke and I.
“Mas
o resto – a sensação, o gosto dela -, podia apenas imaginar.
E,
por Deus, como ele imaginava. Apesar de seu comportamento irrepreensível e de
todas as promessas feitas a Anthony, ele ardia de desejo por ela. Quando a via
do outro lado de um salão lotado, sentia a pele queimar. Quando a via em seus
sonhos, ficava em chamas.” p.141
Desde que comecei a acompanhar a série da Lisa
Kleypas fiquei encantada com os romances de época e estava muito curiosa
para conhecer esta autora. Todo mundo comentava que eram ótimos,
que a Família Bridgerton era a melhor de todas e tal. Claro que eu tinha que
conferir, e hoje conto para vocês o que achei do primeiro livro da série com O duque e eu da Julia Quinn.
Londres, 1813
Daphne
Bridgerton
é a mais velha das quatro irmãs, em uma família de oito irmãos. O clã
Bridgerton chama a atenção pelos seus cabelos castanhos fartos e o grande
número de irmãos. Mas apesar de bela, Daphne está começando a sua terceira
temporada em Londres, sem ter algum pretendente em vista. Os poucos que
pediram sua mão foram rejeitados, seu irmão mais velho, Anthony, quer que a irmã escolha alguém que venha a amar. Apesar de
inteligente e divertida, ela é vista pela maioria dos homens como uma boa
amiga, e não desperta muito interesse na sociedade. Sua mãe está desesperada para casá-la, e vive
arrastando a filha para todos os eventos sociais possíveis.
Simon
Basset,
o duque de Hastings, acabava de retornar a Londres depois de uma longa viagem
pelo mundo. Ele desde a faculdade quis distância do pai, nunca o perdoou pela
forma que o homem o tratou quando era criança. O pai o renegou por boa parte da
vida, e ele nunca o perdoou por isso, só
voltando à cidade após a sua morte. Ele é um prato cheio para as mães
casamenteiras da cidade. Mal sabem elas que Simon jurou nunca se casar, mas
vai ser difícil fugir de todos os eventos e das jovens entusiasmadas.
Quando Simon conhece Daphne de forma inesperada, e em seguida descobre que ela é a irmã de seu melhor amigo dos tempos da faculdade, ele
propõe um estratagema. Ele irá fingir para todos que a corteja! E ao
mesmo tempo que afasta de si o interesse das jovens solteiras, atraí vários
pretendentes para Daph, afinal, se um duque está interessado nela, a jovem
deverá ter mais atrativos do que aparenta.
Claro que os dois logo percebem que aquilo é
mais do que um fingimento. Daphne sente que está se apaixonando pelo duque, ele
precisa se segurar para não cruzar uma linha proibida e perder para sempre a
amizade de Anthony. Ela quer uma família
e muitos filhos, ele quer permanecer solteiro e levar para o túmulo o título do
pai.
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O melhor do estilo que já li! Me apaixonei
pela historia desde o início e por tantos motivos. Primeiro a família gigante e
divertida de Daphne, com sua mãe espirituosa e inteligente e seus irmãos
barulhentos. Depois temos Simon, um conde apavorado com a gagueira que causou a
rejeição do pai na infância e extremamente fofo por causa disso. Depois temos
as divertidas interações entre o casal, as inúmeras confusões que eles aprontam
e uma colunista de fofocas hilária.
A família Bridgerton é ótima, mas é bem
diferente do que vemos em Os
Hathaways, por exemplo. Eles estão sempre juntos e dando palpite em tudo; já aqui, apesar dos irmãos e da mãe estarem sempre prontos para ajudar, o casal tem
mais liberdade para resolver seus problemas e a família não aparece tanto. Eu gostei da mudança, mas estranhei um epílogo no final que já adianta
vários anos na vida dos dois, eu pensei que só ia descobrir isso nos livros
posteriores, como costuma acontecer nessas séries. Acho que é bom para quem não
pretende ler todos ou ficar tão dependente da série.
Os diálogos são inteligentes e interessantes, e
principalmente, não são repetitivos. Neste tipo de livro onde o casal vai se
desentender por boa parte até ficar junto no final rs, é comum as mesmas
discussões e reconciliações ocorrerem. Não senti isso em nenhum momento com O duque e eu.
Muita coisa acontece, e as discussões se dão sempre de forma diferente ou por
motivos diversos. Ah falando nos diálogos...
“ – O quê? Violet soltou uma risada nervosa.- Eu me esqueci de mencionar a parte sobre o bebê? - Mamãe! - Muito bem. Os seus deveres conjugais... quer dizer, a consumação... é como se fazem os bebês. Daphne se apoiou na parede.- Então a senhora fez isso oito vezes? - Não! Daphne ficou confusa. As explicações da mãe estavam sendo vagas demais, e ela ainda não sabia exatamente o que eram os tais deveres conjugais, mas alguma coisa não estava batendo. - Mas para ter oito filhos a senhora não teria que ter feito oito vezes? Violet começou a se abanar furiosamente. - Sim. Não! Daphne, isso é muito pessoal.” p.179
E o casal tem uma ótima química, gostei muito
das cenas românticas entre eles e a parte sexual não é exagerada, nem são
iguais, achei tudo de muito bom gosto. Vocês sabem que eu não costumo dar muitas nota 5 por aqui, mas achei que não faltou nada neste livro para um romance de época, ele cumpre muito bem o que propõe e deixa as leitoras com um ar divertido e um sorriso bobo no rosto durante toda a leitura. Enfim, para quem gosta do estilo a série
é imperdível, e eu já estou ansiosa para conhecer a historia de Anthony. Leiam!
Série Os
Bridgertons da Julia Quinn
- O duque e eu (The Duke and I) – Daphne e Simon
- O visconde que me amava (The Viscount who loved me) - Anthony e Kate
- Um perfeito cavalheiro (An ofter from a gentleman) – Benedict e Sophie
- Os segredos de Colin Bridgerton (Romancing mister Bridgerton) – Colin e Penelope
- Para Sir Phillip, com amor (To Sir Philip, with love) – Eloise e Sir Phillip
- O conde enfeitiçado (When he was wicked) - Francesca e Michael
- Um beijo inesquecível (It’s in his Kiss) - Hyacinth e Gareth
- A caminho do altar (On the way to the wedding) - Gregory e Lucinda
Happily ever after (ainda não lançado no Brasil).
Avaliação (1 a 5):
Avaliação (1 a 5):