Convergente - Veronica Roth

>>  sexta-feira, 11 de abril de 2014

ROTH, Veronica. Convergente. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2014. 526p. (Divergente, v.3).Título original: Allegiant.

“Solto uma risada, e é a risada, e não a luz, que expulsa a escuridão que estava se acumulando dentro de mim, que me lembra de que ainda estou viva, mesmo que seja neste lugar estranho, onde tudo em que eu acreditava está desmoronando. Mas ainda sei de algumas coisas. Sei que não estou sozinha, que tenho amigos e que estou apaixonada. Sei de onde vim. Sei que não quero morrer, e, para mim, isso já é alguma coisa. É mais do que eu tinha há algumas semanas.” p. 142-143

Com o filme baseado no primeiro volume da trilogia prestes a estrear (17 de abril), todo mundo só fala de Divergente. Os fãs de distopia estão ansiosos pela estreia e eu estava curiosa para saber como tudo ia terminar. Desde JV não vejo uma distopia ficar tão popular e chamar tanto a atenção. As expectativas eram altas, muito altas, e hoje eu conto para vocês o que achei de Convergente da Veronica Roth.

A resenha de Divergente fala bastante sobre os detalhes da criação do mundo distópico e sobre a série em geral, para quem não leu, sugiro que leia a primeira resenha. Esta resenha contém spoilers para quem não leu os livros anteriores.

Em Insurgente a sociedade na qual todos acreditavam, desmoronou. A ambição dos líderes da Erudição levou todos à guerra; os membros da Audácia foram usados como um exército; os membros da Abnegação foram praticamente exterminados. Beatrice Prior e seus amigos fugiram para a sede da Amizade, de lá para a Franqueza e acabaram descobrindo que os Sem facção eram mais organizados que pareciam. E com isso veio o fim de tudo o que acreditavam, das facções, do lugar onde viviam, da vida como conheciam.

Tris teve grande participação nos eventos que mostrou a todos a origem de seu mundo, a importância dos Divergentes e a bolha em que viviam. Existia um mundo lá fora, e agora Tris e Tobias querem conhecê-lo. Eles podem encontrar um novo significado para suas vidas, em um lugar onde se encaixem, eles poderiam construir uma vida juntos. Outros vão com eles, fugindo do domínio dos Sem facção. Caleb, condenado a morte depois de trair a irmã e entregá-la à Erudição, é odiado por todos. Peter também não se encaixa em nenhum lugar, dois excluídos que irão acompanhar o grupo para fora da cidade. Christina, Uriah, Tori e Cara. Eles partem rumo ao desconhecido.

Tris logo descobre que nada é como imaginavam, o lado de fora é tão assustador e cheio de problemas como o mundo onde viveu. Mais uma vez ela precisará ser corajosa, desafiar a autoridade dominante e lutar contra o sistema. Tobias quer ajudar a combater o que considera errado. Resta saber se suas escolhas serão suficientes para garantir um futuro melhor para todos e proteger aqueles que amam.

“Logo depois que minha mãe morreu, agarrei-me à minha Divergência como se ela fosse uma mão estendida para mim. Eu precisava daquela palavra para definir quem eu era quando tudo ao meu redor estava desmoronando. Mas agora não sei mais se preciso dela e se em algum momento de fato precisamos destas palavras. ‘Audácia’, ‘Erudição’, ‘Divergente’, ‘Leal’ ou se podemos simplesmente ser amigos, amantes, irmãos, definidos apenas pelas escolhas que fazemos e o amor e a lealdade que nos unem.” p.139

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Não posso contar mais do que isso, mas este final gerou polêmica entre os fãs da trilogia, foi meio JV sabem? Gente que amou, gente que odiou, gente que está inconsolável até agora. Eu gostei do final, das escolhas da autora, mas não gostei tanto do livro como um todo. Esperava mais depois de ter amado Divergente e adorado Insurgente. Para mim o primeiro livro é o melhor, e isso é frustrante em uma trilogia.

Falando apenas de Convergente, achei que a autora se perdeu um pouco na primeira parte do livro. Ela queria explicar todo aquele mundo, todo o conceito de Divergência e sua importância para o restante do mundo. A pesquisa sobre DNA e genética foi narrada de forma exageradamente minuciosa, poderia ter sido contado com mais agilidade. Depois de tudo o que aconteceu, a explicação sobre o que era Divergente e sua importância ficou bem aquém do desejado e não me convenceu. E tem soro para tudo lá né? Bem estranho e pouco convincente tudo aquilo.

Tirando isso, eu gostei do ritmo da narrativa, tem várias partes de ação e outras com bastante discussão entre os personagens. Falando neles, neste volume finalmente a narrativa se alterna entre Tris e Tobias, e podemos ficar conhecendo um pouco mais do personagem sem ser pelo olhar da Tris. Mas, para minha decepção, as duas narrativas são tão parecidas que até se confundem. Em alguns momentos eu só sabia quem era porque tinha o nome no início dos capítulos. Sei lá, você tem aquela ideia de Quatro forte e inteligente, decidido... E ai ele está frágil, inseguro e inocente demais, como Tris. 

Sobre o que aconteceu no final, não me surpreendeu. Depois de tudo que aconteceu em Insurgente e do comportamento dos personagens eu achei que estava mesmo caminhando para aquilo. Mesmo assim eu gostei, achei a escolha da autora corajosa e diferente do que a maioria espera de um final.  Antes eu indicava a trilogia com toda minha empolgação, só que agora, fico dividida. Para quem começou vale a pena ler a conclusão, para os outros leiam outras opiniões sobre o final, sei que sou muito exigente com as conclusões rs. Quem já leu, me conte o que achou?

A maior expectativa agora é com a estreia do filme, eu quero muito assistir e estou ansiosa! Com direção de Neil Burger (Sem limites, O ilusionista) e no elenco Shailene Woodley (protagonista também de A culpa é das estrelas), Theo James e Kate Winslet.


Estou super empolgada com o filme e vocês?  ^^

Trilogia Divergente de Verônica Roth
  1. Divergente (Divergent)
  2. Insurgente (Insurgent)
  3. Convergente (Allegiant)
Interligado: Free four: Tobias tells the history.

Avaliação (1 a 5):

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