O diário de Bridget Jones - Helen Fielding
>> sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
FIELDING, Helen. O diário de Bridget Jones. 16 ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2001. (Bridget Jones, v. 1).
Título original: Bridget Jones Diary.
“Posso
garantir que nos dias de hoje não adianta beleza, comida, sexo ou sedução para
conquistar o coração de um homem, mas sim a capacidade de parecer pouco
interessada nele.” p. 81
Este e outros pensamentos, tão desesperados
quanto bem humorados, fazem de Bridget Jones um dos chick-lits mais famosos
desde seu lançamento. A obra foi adaptada ao cinema em 2001 e conquistou o
público também nas telinhas. O livro é bem antigo, eu li pela primeira vez em
2002 e me diverti muito, mas não tinha falado ainda da autora aqui no blog.
Agora com o lançamento do terceiro livro protagonizado pela Bridget, eu resolvi
reler todos para resenhá-los para vocês. Então senta que lá vem historia,
conheça tudo sobre a predecessora dos chick-lits em O diário de Bridget Jones da Helen Fielding.
Aos 32 anos Bridget
Jones integra um grupo cada vez maior de mulheres... Solteira, sem
namorado, com um emprego que não gosta e que mal paga as contas. Além disso, luta diariamente com a balança e com a resolução de parar
de fumar. Ela também prometeu beber menos, arrumar um namorado adequado, fazer
ginástica no mínimo 3 vezes na semana, perder gordura e celulite acumuladas e
aprender a cozinhar jantares inesquecíveis.
Na pratica ela vive uma luta diária com a
balança, passa dias quase sem comer e depois se esbalda e acaba com seu estoque
de chocolate, fuma enlouquecidamente e bebe mais do que deveria, tem uma queda
por seu chefe canalha, desconfia de livros de auto ajuda, mas não resiste e
acaba lendo todos. Acredita que Homens são de Marte, mulheres são de Vênus. É
um desastre na cozinha, mas insiste em dar jantares aos amigos. Banca a mulher
independente, mas sonha com um cartão no dia dos namorados e uma companhia para
pequenas viagens no verão.
Ela vive em Londres e tem amigos inseparáveis,
todos eles com os mesmos problemas de relacionamento. Jude com seu namorado “Richard o Vil” que depois de dezoito meses
de relacionamento afirma que não quer ter nada mais sério; Sharon metida a feminista, mas que no
fundo sofre como elas com os homens babacas e insensíveis; Tom com seu namorado pretensioso que ela é obrigada a incluir nos programas com os amigos.
No trabalho Bridget sonha com Daniel Cleaver, o chefe que um dia elogia sua saia e flerta discaradamente e depois some completamente. O babaca que a leva para a cama
e depois sai dizendo “a gente se fala”.
Se não fosse o suficiente, ela precisa aguentar as loucuras dos pais. Pam e Colin, só querem que a filha arrume um homem honesto e tenha uma
família. A mãe extrapola todos os limites com este objetivo. A vítima agora é Mark Darcy ,
um advogado divorciado e muito estranho, com seus suéteres de losangos e suas
meias de bichinhos.
Bridget só quer cumprir suas muitas
resoluções de ano novo, mas acaba arrumando as mesmas confusões e os mesmos
problemas de sempre. Ela tenta evitar, mas como sempre, precisou de alguns drinks e
mais cigarros para aguentar um jantar com amigos casados e metidos a
besta! Como se ser solteira naquela idade cidade fosse alguma falha de caráter...
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Continua tão legal e divertido como da primeira
vez em que eu li. A historia de Bridget é tão comum que é impossível não se
identificar com a personagem. Os problemas que ela enfrenta com seus
pseudo-relacionamentos e as cobranças sociais, acontecem com a maioria das
mulheres que vivem a mesma situação. E você se diverte muito com todas as
loucuras e trapalhadas da personagem. Os pensamentos de Bridget no diário são
pura diversão.
Para quem não sabe, o livro é visto como uma
releitura moderna de Orgulho e
Preconceito. Começa com a
semelhança entre o mocinho Mark Darcy e o orgulhoso Mr. Darcy. Passando pelo
sedutor e canalha Daniel Cleaver, que poderia ser comparado ao Mr. Wickham. E a
mãe louca e destrambelhada da Bridget, poderia muito bem ser uma Mrs. Bennet.
Eu não acho que Bridget se pareça com a Elizabeth Bennet, que era muito mais
segura de si e decidida, mas a cobrança toda da sociedade para as moças se
casarem é a mesma. Além disso, Bridget é obcecada pelo livro da Jane Austen, ela até faz várias
comparações citando os atores escolhidos
para a série de TV da BBC. Outra semelhança é a forma como a sociedade continua vendo as mulheres soteiras como um fracasso social, e nos dias
de hoje AINDA tem preconceito e dificuldade de enxergar que as pessoas podem
ser solteiras por escolha e serem felizes.
O livro
ficou ainda mais conhecido quando foi adaptado ao cinema com o título homônimo.
No elenco Renée Zellweger (Bridget), Gemma Jones (Pam), Hugh Grant (Daniel) e Colin Firth (Mark Darcy). A autora
atuou como produtora e roteirista, garantindo a qualidade do filme e não
deixando que mudasse muito a historia. Os fãs dos livros agradecem. ^^
O engraçado
de se reler um livro tantos anos depois, é que tudo é muito diferente. Não tem
como não compará-lo a outros do estilo, e você fica naturalmente meio exigente.
Na época ele foi um nota 5 e favorito, eu quase mantive a nota, mas achei
algumas partes repetitivas e ele não fluiu tão bem em alguns momentos. Mas
continua sendo um dos meus chick-lits queridinhos e com certeza, Bridget é a
melhor protagonista do estilo.
Para quem não sabe a coleção contava
com dois livros, este e o Bridget Jones: no limite da razão. Até
que a autora resolveu escrever mais um livro, Bridget Jones – Louca
pelo garoto (2013) que se passa quatorze anos após o último livro. Eu
não sei o que esperar disso, mas quero reler logo o segundo para conferir a
historia nova. O primeiro livro conta com mais de 450.000 leitores no Goodreads
e mais de 13.000 no Brasil.
Eu super indico para quem ainda não
conhece a autora e gosta de chick-lit, é uma leitura fundamental para os
amantes do gênero. Leiam, divertam-se e conheçam a protagonista mais maluquete
da literatura. ^^
Coleção Bridget Jones
- O diário de Bridget Jones (Bridget Jones Diary)
- Bridget Jones: No limite da razão (The edge of reason)
- Bridget Jones: Louca pelo garoto (Mad about the boy)
Avaliação (1 a 5): 4,5