Viagem Literária: Glória mortal

ROBB, J. D. Glória mortal. 5 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009. 364p. (Mortal, v.2). Título original: Glory in death.

“Ela recuou quando ele tentou alcançá-la.

- Não – respondeu ela. Preciso só de um minuto quando estou fazendo papel de boba.

Ignorando isso, ele a puxou para junto dele. Ela tentou se afastar duas vezes, mas ele a trouxe de volta, com firmeza, para junto dele. Então, em um gesto desesperado, os braços dela o envolveram, apertando-o com força.” p. 153

Nem gosto de pensar no tamanho desta série e quantos livros ainda faltam para eu ler, compro e ganho vários, mas se não fosse o Clube das chocólatras, eu ia demorar ainda mais para ler o segundo volume da série Mortal. E olha que amei o primeiro, é falta de tempo mesmo. Quero ler os outros logo, espero que as Chocólatras me ajudem. #ficaadica

No ano de 2058 o mundo está muito mais moderno, o armamento, os carros, a alimentação, tudo muito diferente do que conhecemos. Mas uma coisa não mudou, a capacidade dos seres humanos de fazer o mal, continua a mesma. E para isso existem os policiais, com novos recursos à disposição e prontos para investigar os crimes. Hoje vou falar sobre o segundo volume da série com Glória Mortal da J. D. Robb, pseudônimo da Nora Roberts.

Esta resenha não contém spoilers sobre a parte investigativa do livro anterior da série, mas falará sobre a vida pessoal da protagonista. :)

A tenente Eve Dallas, membro da polícia de Nova York, está mais atribulada do que nunca, suas extensas horas de trabalho e seu romance tórrido com o bilionário irlandês Roarke tomam toda sua energia. Ele quer Eve em sua mansão, não no seu minúsculo e bagunçado apartamento. Quer algo mais sério, quer Eve por inteiro. Ela não assume o que sente, e continua levando o relacionamento aos poucos, fora que odeia seu mordomo intrometido.

Eve ainda não se acostumou com a riqueza de Roarke, e com o novo status que ela ganha agora que está ao seu lado. Odeia a fama, mas agora é sempre reconhecida pela mídia, primeiro pela resolução de seu famoso caso anterior, e claro, por seu envolvimento com Roarke.

E agora, temos um assassino que gosta muito da fama que ela tanto odeia. Uma promotora pública conhecida é assassinada brutalmente em uma calçada qualquer. Seu corpo degolado é encontrado na chuva. A vítima, Cicely Towers, era uma guerreira, uma mulher determinada e que procurava a justiça sempre. Agora estava morta, e o comandante Whitney, amigo pessoal da vítima, escolhe Eve para chefiar as investigações.

Uma mulher rica, muitos contatos, muitos criminosos que ela enviou para a prisão poderiam querer vingança. A rede é muito ampla, Eve passa dias sem dormir concentrada na investigação e não está preparada para o que acontece a seguir.

Ela sabe que está diante de um caso de grandes proporções, precisa seguir todas as pistas e achar logo um suspeito. Enquanto isso a mídia cai em cima dela, que não gosta nada de repórteres, principalmente, o chato do C. J. Morse, que adora acusar Eve e envergonhá-la ao vivo. Desta vez ela está preparada, e convida a repórter Nadine Furst para cobrir o caso, oferecendo uma entrevista exclusiva.

Por outro lado, sua vida pessoal está uma bagunça, Roarke está cansado de esperar que Eve decida levar a sério a relação entre eles, e coloca a policial na berlinda. Resta saber como Eve vai resolver seus problemas pessoais e colocar mais um assassino na cadeia.

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Esta série é tãoooo ~~gigante~~ legal! Ela se passa no futuro, tem uma investigação policial, um dos casais mais legais da ficção e muita adrenalina. Roarke e Eve são demais, adoro o clima sensual e a química entre eles, as cenas românticas e sexuais são perfeitas. O que mostra minha preferência por uma cena sexual mais light do que o que vemos nos romances eróticos, ainda não acertei com nenhum, acho tudo exagerado...

Mas voltando ao assunto, eu adoro o casal, eles são fofos demais. E Roarke é presença certa no Top Piriguetagem Literária, ele é tudo de bom! Aqui os dois assumiram um relacionamento, embora Eve ainda se incomode muito com a riqueza do namorado, e prefira ter seu próprio espaço. Ambos tiveram uma infância traumática, mas Eve se nega a falar sobre os abusos que sofreu na infância. Isso e sua vida solitária dificultam seu relacionamento, ela se recusa a assumir que ama Roarke ou a levar mais a sério a relação.

Temos também algumas cenas divertidas com Mavis, e gostei da policial Peabody, que irá auxiliar Eve no caso.

Do outro lado, temos a investigação. Esta já não me ganhou tanto, começa tudo muito bem, mas antes do meio do livro eu já tinha certeza de quem era o assassino. E Eve não desconfia de nada, está tudo tão na cara e ela insiste em seguir outras pistas. A parte policial foi mais fraca neste volume, espero que não seja assim em todos da série.

Mas mesmo reclamando da parte “todo mundo sabe quem matou menos a Eve”, eu adorei o livro e foi o ponto alto das leituras da semana. Sem dúvida eu indico a série, claro, vou ler tudo na ordem, um dia eu termino... Leiam!!

Série Mortal

In: http://www.jdrobb.com