Cinquenta tons mais escuros - E. L. James
>> terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
JAMES, E. L. Cinquenta tons mais escuros. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca, 2012. 512p.
(Fifty shades, V.2). Título original: Fifty shades darker.
“- Gostaria de comer alguma coisa? –
pergunto.
- Sim. Você – murmura ele, assentindo
lentamente com a cabeça. Todo o meu corpo se enrijece da cintura para baixo.
Sou seduzida até por sua voz, mas aquele olhar, aquele olhar faminto de quem
quer me devorar agora... meu Deus.” p.61
CONTEÚDO ADULTO. O difícil quando
se fala em Fifty shades é fazer o
texto não soar repetitivo e redundante... tanto quanto o livro. Conta-se nos
dedos quem ainda não leu pelo menos o começo da trilogia, e quem não leu
provavelmente já ouviu falar tudo sobre a trilogia (será?, adoro um desafio).
Mas como não podia deixar de ser, aqui estou eu, para contar para vocês tudo o
que achei sobre Cinquenta tons mais
escuros da E. L. James.
Se ainda não leu confia a resenha de
Cinquenta
tons de cinza.
Anastasia Steele, nossa protagonista agora bem menos inocente,
está assustada com o lado obscuro e atormentado de Christian Grey e por
isso acaba dando fim a seu relacionamento com ele. Algumas chicotadas e o
famoso quarto de terror fizeram com que a moça saísse correndo para bem longe;
deixando para trás um Audi novinho, um notebook e um celular de última geração sua anta.
Anna está prestes a começar um novo emprego como assistente em uma
editora de livros de Seattle, precisa de força para se concentrar no trabalho e
esquecer todos os Cinquenta tons do
“ex-dominador”. Esta coisa de submissa não funcionou nada bem para ela, ela ama
Christian com todas as suas forças e não entende como ele pode querer
machucá-la e ao mesmo tempo parecer se importar com ela. Jack seu chefe –
que está muito interessado em Anna, é claro! - consegue mantê-la ocupada e ela
tenta se controlar e pensar no trabalho.
O término dura “longos” CINCO dias, e na abertura da exposição de José
– personagem cuja única importância na trama até agora é ser mais um homem
que quer seduzir a protagonista – eles acabam reatando o relacionamento. Mas
Christian também sofreu muito com esta separação e parece estar disposto a
mudar. Por ela. Embora para Anna ele
pareça está bem e absolutamente lindo como sempre.
“-As aparências enganam – diz ele, baixinho. – Não estou nem um pouco
bem. Eu sinto como se o sol tivesse se posto e não tivesse nascido por cindo
dias, Ana. Estou vivendo uma noite infinita.” p.35
Depois da frase a la Edward Cullen ele começa a contar alguns dos seus segredos, os mistérios de seu passado
que fazem com que ele tenha se tornado o que é, “um homem fodido em cinquenta
tons” por sua própria definição. Ela descobre segredos sobre ele que nunca
poderia imaginar, e começa a entender o que está por trás das atitudes do homem
que ama. Agora precisa tomar uma grande decisão, aceitar Christian do jeito
que é, com todos os seus problemas, ou fugir mais uma vez.
“- Eu ainda sou eu, Anastasia, fodido em todos os meus cinquenta tons.
Sim, eu tenho que conter meu desejo de ser controlador... mas essa é a minha
natureza, o jeito como lidei com a minha vida.” p. 211
~~~~~
Meus sentimentos por esta trilogia
são completamente malucos, eu coloco inúmeros defeitos na narrativa, morro de
rir das coisas sem noção que acontecem, odeio os diálogos repetitivos e as
expressões e palavras que aparecem “trocentas” vezes no livro... e mesmo assim
eu adorei o livro. Eu sei, sou sem vergonha, só pode. Com isso eu quis dizer
que “deve ser falta de vergonha na cara gostar tanto do livro mesmo assim”
antes que vocês me interpretem mal hehe.
“E em algum lugar das profundezas do meu
ser, minha deusa interior desperta, sonolenta, ela se espreguiça e sorrir.
Esteve adormecida por um bom tempo.” p.34
Nãoooo, nãooo eu pensei, esta praga
devia morrer. Esta coisa de “deusa interior” é esdrúxula demais, e é a parte
mais difícil de suportar no livro. Bom, fora as repetições 1.000.000 de vezes
sobre o tom do cinza nos olhos do Christian, as mordidas labiais e os olhos
revirados.
Mas, o que acontece é que o livro
tem Grey. E ele salva a historia, sem dúvidas. Todo o mistério sobre seu
passado e os abusos que ele sofreu começam a ser revelados, além disso tem um
quê de vilão da historia que é muito interessante, com direito a atentado de
morte e tudo o mais. Grey pode ser egocêntrico e estereotipado, mas ele é O
CARA!
Sedutor, bonito, engraçado e absolutamente
sexy. Eu me envolvo com a trama de uma maneira que chega a ser engraçada. Eu
que nem sou ciumenta na vida real e ficava “puta” lendo o livro, queria arrancar
o couro da “vaca” da Mrs. Robinson e fiquei com ódio da preocupação dele com
sua ex submissa que aparece na historia. Eu sou solidária com a Anna com todo o
jeito controlador de Grey e me irrita como ela não pode fazer nada sozinha, e
ao mesmo tempo, me derreto com o jeito que ele cuida dela. Vai entender! De qualquer forma a trilogia é um fenômeno e o livro trouxe diversos novos leitores, os
números não me deixam mentir.
Isso é o maior mérito da trilogia,
você ame ou odeie. Porque estes novos leitores vão procurar outros livros que
gostem, vão ler outras coisas e com o tempo, vão ler outros estilos, é claro.
Tirando tudo isso fica a parte do
sexo, as cenas e os diálogos vão se tornando cada vez mais repetitivos, os
mesmos suspiros, as mesmas sensações, ela sempre se derrete e tem vários “melhores
orgasmos da vida dela”. Mas, vai me dizer que você não ficou curiosa com as
tais bolinhas prateadas? Ah fala sério, melhor cena de todas. xD
Bom é isso, o livro desperta a
curiosidade de todo mundo e nem preciso indicar, leia e tire suas próprias
conclusões. Este livro é bem melhor que o primeiro, e só por isso ganha uma
estrelinha a mais. =]
Trilogia
Fifty Shades da E. L. James
- Cinquenta tons de cinza (Fifty shades of Grey)
- Cinquenta tons mais escuros (Fifty shades darker)
- Cinquenta tons de liberdade (Fifty shades freed)
Avaliação (1
a 5):