Uncharted: O quarto labirinto - Christopher Golden
>> sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Golden, Christopher. Uncharted: O quarto labirinto. São Paulo: Editora Benvirá,
2012.416p. Título original: Uncharted: the fourth labyrinth.
“- Quem diabos eram esses caras? –
Drake perguntou num fio de voz.
- Os caras que tentaram me levar ou
os caras que mataram esses caras? – Jada perguntou.
- Tanto faz – Sully falou.
- Jada, o que foi que aquele sujeito
disse pra você logo antes de desaparecer? – Drake perguntou.
Ela o encarou, como se decidisse se
deveria contar ou não. Então respirou fundo.
- Voltem pra casa – respondeu.
- Poxa... – Drake falou. – Sabe, talvez esteja exagerando um pouco
aqui, mas vou me arriscar e anunciar que estamos oficialmente ferrados.
Ninguém discutiu com ele.” p.150
Eu não entendo nada de jogos de vídeo game, não
riam, mas os únicos que já joguei foram Age
of empires e The sims :P. Então
não faço ideia de que jogo seja Uncharted, sei que é um jogo que faz muito
sucesso e que o livro também será adaptado para o cinema. Agora já de livros eu
entendo um pouquinho =], e hoje vou contar para vocês o que achei da estória de
Uncharted: o quarto labirinto do
americano Christopher Golden.
Nathan
Drake
nunca fora um cara politicamente correto, mas também não era um completo sacana
– o que dizia a si mesmo enquanto atravessava um floresta tropical em um jipe
sendo seguido por traficantes armados. Mas,
no fim, até que salvar aquela garota tinha lhe rendido uma ótima
gratificação. Duplamente pago ele pega um avião de volta aos EUA. Seu serviço é
localizar e resgatar antiguidades, por vezes, onde resgate é sinônimo de roubo.
Ele aprendeu tudo o que sabe com seu melhor amigo, que também foi uma espécie
de pai para ele.
E é este amigo que liga com a voz apreensiva e
preocupada, pedindo que fosse encontrá-lo imediatamente. Nate nunca tinha
visto Victor Sullivan tão nervoso. E
não era para menos, algo terrível havia acontecido. Luka Hzujak, grande amigo de Sully, havia sido assassinado
grotescamente. O arqueólogo era especialista em labirintos mitológicos, e
parece que uma de suas descobertas deixou alguém muito zangado.
Eles resolvem investigar e partem em busca de
respostas para todo aquele triste mistério. Jada, filha de Luka e afilhada de
Sully, parte junto com eles nesta aventura, tentando descobrir o assassino de
seu pai.
Eles viajam pelo mundo em busca de pistas, do
EUA para o Egito e para a Grécia, chegando até a China. Eles querem desvendar o
que havia de tão importante nos antigos labirintos e percebem que a busca é
muito perigosa. Eles não estão sozinhos. Atraído pelos tesouros um poderoso
empresário está disposto a fazer de tudo chegar primeiro ao final deste
mistério. Com muita ação e adrenalina acompanhe Drake neste labirinto cheio de
perigos.
~~~~~~
Lembro quando eu li O
primeiro dia e disse que eu tinha achado um porre porque não
gostava de arqueologia e astrologia; agora vejo que eu não gostei mesmo foi da narrativa do
outro livro, porque aqui eu já fiquei super envolvida com todas as investigações
e descobertas. O autor tem uma narrativa ágil que deixa o leitor grudado em
cada pista e doido para descobrir o que vem a seguir. Gostei de saber mais
sobre o assunto, que muitas vezes relacionava pessoas reais com lendas
mitológicas, com historias que sempre acreditamos serem apenas lendas, mas que na verdade tem um base real.
Por exemplo, Midas o rei que transformava tudo que tocasse em ouro ou o labirinto
de Dédalo.
Os personagens também são interessantes, Drake
com seu jeito sempre engraçadinho e pouco ortodoxo, Sully que tenta manter
alguma ordem na busca e Jada, corajosa e cheia de atitude. No começo achei que
surgiria um romance entre Drake e Jada, mas ficou apenas na vontade. Tudo toma
um rumo bem “Indiana Jones” e acontecem coisas bem surreais.
E por falar em surreal, apesar do livro amarrar
bem todas as pontas do mistério, eu não fiquei convencida de tudo aquilo. Sei
lá, tem lá um santuário intocado, enterrado em algum lugar e que nunca nenhum
pesquisador encontrou. Ai chegam lá os três, mexem em uma pedrinha e descobrem
um labirinto secreto. Eu não me convenci, e mesmo sendo uma
aventura de fantasia, sei lá, eu duvidei da trama o tempo todo.
O livro tem toda cara de série, mas não achei
nenhuma informação a respeito, então acho que por enquanto é um livro único. O autor tem
várias obras de fantasia no currículo, é roteirista de jogos e parece conhecer
bem este seguimento. Apesar de eu não ter amado o livro tenho certeza que
conquista o público jovem, principalmente os meninos que curtem este tipo de
jogo e livros de muita ação e aventura.
Se você curte o estilo vale a pena conhecer a
escrita do autor, leiam! Quem leu me diga o que achou de Uncharted. ^^
Avaliaçaõ (1 a 5):