Dizem por aí... - Jill Mansell

>>  sexta-feira, 20 de julho de 2012


Mansell, Jill. Dizem por aí.... São Paulo: Editora Novo Conceito, 2012.  432p. Título original: Rumor has it.

“- Se é tão bom me ver de novo, por que você não me ligou? Você prometeu que ligaria. – Lisa fez bico e agarrou-se a ele. – Fiquei esperando.
- Querida, sinto muito. Ando muito ocupado.
- Dormindo com a Marianne e Amy, e sabe-se Deus com quem mais quem – murmurou Max no ouvido de Tilly. – Estou te dizendo, esse cara faz o Mick Jagger parecer um pobre amador.
Jack virou o rosto.
- O que você disse?
- Nada. – Max estava rindo. – Só estou feliz por não ter uma queda por você.”p.116

Tem um tempo que não leio nada de chick-lit e estava com saudade de uma leitura mais divertida. A autora Jill Mansell ficou conhecida por aqui com o livro Uma proposta irrecusável, mas este eu ainda não li. Seu novo livro é uma comédia romântica leve e descontraída, conheçam Dizem por aí...

Tilly Cole, 28 anos, mora em Londres com o namorado Gavin. Bom pelo menos morava, até que ele simplesmente tira suas coisas e vai embora do apartamento sem ao menos conversar com ela. Para espairecer Tilly resolve viajar para Cotswolds e passar o fim de semana ao lado da melhor amiga, Erin. A amiga é dona de um bazar de roupas e adora morar na pequena cidade, a mudança provisória para cuidar da mãe doente acabou ficando definitiva.

Agora sem nenhuma amarra em Londres, o que era apenas um passeio de fim de semana, ficou mais sério quando Tilly resolve se mudar para a cidade e trabalhar como faz tudo para Max Dinnen. Max é bonito e bem sucedido, um partidão; mas ele logo esclarece que é divorciado de Kaye – uma atriz que faz sucesso nos EUA-, e que apesar da filha adolescente, Louise, na verdade é gay. Ótimo para Tilly que está correndo de confusões.

O único problema é o melhor amigo de Max, o lindo, rico e garanhão da cidade, Jack Lucas. Como toda cidade pequena as notícias logo se espalham, e Tilly é avisada por todos para não se envolver com Jack, um caso perdido. Ela não está preocupada com isso, Jack é um pedaço de mau caminho, mas ela não é nenhuma menininha boba do interior e sabe muito bem onde está se metendo, ou melhor, onde não deve se meter.

Porém, é claro que mesmo com todos os avisos e todas as mulheres que parecem se derreter na frente de Jack, Tilly não consegue deixar de ficar encantada. Ele parece ser um cara legal, não parece com nada daquilo que as pessoas falam e tem uma historia bem sofrida por trás de sua fama. Tilly deve decidir se vale a pena se deixar levar por este encantamento ou se o melhor é continuar se mantendo longe de confusão.

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Este não é um chick-lit para se ler com grande expectativa, é uma historia fofa e engraçadinha, eu me diverti, mas não morri de rir. Os personagens são legais, muita coisa acontece com todos eles e a historia cumpre o que promete, diversão clichê. O final é manjado, alguns desdobramentos também e como muitos livros do estilo temos que esperar até os 45 do segundo tempo para as coisas acontecerem, isso me irrita.

O que eu gostei é do livro ser narrado em terceira pessoa e alternar alguns personagens. Gosto muito disso, a maioria dos chick-lits são em primeira pessoa, o que dá muito destaque para os protagonistas, mas acaba falando pouco dos outros personagens. Aqui ficamos conhecendo muito bem todos eles. Tilly é uma mulher legal e divertida, pé no chão e que não faz muito drama. Erin segue o mesmo estilo e está toda empolgada com um novo romance. Max é o personagem mais engraçado, o paizão gay muito sincero e que acaba falando tudo o que pensa. Jack é bonitão, personagem que já faz parte do estereótipo dos chick-lits, sem nada de diferente. Louise também é uma graça, uma adolescente muito fofa.

Dizem por aí... é um daqueles livros “sessão da tarde”. Não acho que tenha um grande enredo, mas cumpre seu papel de descontração divertida. Divirtam-se lendo!

Avaliação (1 a 5):

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